Eleições 2022: Haverá a prática do 'voto útil'? Rodolfo Marques 16.09.22 18h00 Com a proximidade das eleições 2022, em especial o pleito presidencial, emerge a discussão sobre o chamado “voto útil”. Mas o que seria essa categoria de voto em um contexto eleitoral? Por definição, o voto útil – ou estratégico – ocorre quando é feita a escolha por um candidato que não é, necessariamente, a primeira opção daquele eleitor, em um contexto específico. Candidatos que se posicionam mais à frente das pesquisas começam a trabalhar pelo voto útil para viabilizar suas vitórias, enquanto quem não está tão cotado busca deter a “sangria” de perda de votos na reta final das eleições. Nas eleições presidenciais de 2022, com um favoritismo destacado para o ex-presidente Lula (PT), seguido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL), a busca pelos votos de indecisos – já poucos – e, principalmente, pelos de Ciro Gomes (cerca de 8%) e de Simone Tebet (cerca de 5%) tende a ser mais recorrente. Um cenário mais claro e previsível das escolhas eleitorais fortalece tal movimento. No modelo da democracia representativa, com as escolhas periódicas feitas pelos eleitores para a definição dos cargos executivos e legislativos, a briga é intensa pela preferência de cada um. Nos pleitos majoritários – como os de presidente da República e os de governadores –, isso se torna ainda mais evidente. Será, então, que o voto estratégico ou útil se fará presente de forma decisiva no primeiro turno das eleições presidenciais? É possível que aconteça, embora os cinco últimos pleitos presidenciais (2002, 2006, 2010, 2014 e 2018) tenham sido resolvidos apenas no segundo turno – e todos eles, pelo menos com um candidato representando o Partido dos Trabalhadores, favorito em 2022. Segundo o último levantamento do DataFolha, divulgado em 15 de setembro, Lula teria 48% dos votos válidos – no limite da margem de erro para vencer, possivelmente, no próprio dia 02 de outubro. Embora sejam números baixos nessa altura do pleito, os cerca de 13% de eleitores que estão com Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) demonstram uma certa solidez. Parte dos eleitores do pedetista e da emedebista pode dar ao petista a vitória sem a necessidade de um segundo turno, que tenderia a um maior acirramento. Ou, por outro lado, mantendo suas escolhas originais, esses eleitores podem conceder a Lula e a Jair Bolsonaro o desafio e a oportunidade para disputarem uma “segunda volta” e, assim, aprofundar debates e aumentar os esforços para convencer a maioria. Veremos, na noite do primeiro turno das eleições, qual perspectiva prevaleceu. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques colunas COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES análise política Lula lidera cenário para 2026 e oposição segue fragmentada, mostram pesquisas 08.04.25 19h51 Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01