Crise de Covid-19 continua em evidência no Brasil e disputas políticas aumentam tragédia nacional Rodolfo Marques 10.11.20 18h00 O Brasil segue “mergulhado” na pandemia de Covid-19. No nono mês da expansão do novo coronavírus, os números continuam assombrando o país. São quase 6 milhões de casos e cerca de 165 mil mortes, com níveis de oscilação que causam muita preocupação. Embora haja uma clara redução das taxas de transmissibilidade, atestada pelas autoridades da Saúde do Brasil, há estados que apresentam crescimento de contaminações e mortes, em especial pelas medidas de reabertura das atividades comerciais somadas à falta de cuidados de muitas pessoas, para além da ausência de uma fiscalização mais efetiva por parte do poder público. O principal problema enfrentado no país em relação à pandemia é a condução descuidada da crise por parte da Presidência da República. Para além do negacionismo permanente por parte de Jair Bolsonaro, houve a instabilidade da troca de ministros no comando da pasta da Saúde, a desinformação a respeito do uso da hidroxicloroquina, as falas da Organização Mundial da Saúde (OMS) retiradas de contexto e o conflito permanente com muitos governadores e prefeitos. Bolsonaro continua politizando a questão da pandemia, com sua obsessão pelo pleito eleitoral de 2022. No conflito mais absurdo e recente, o presidente da República vem retardando o acesso do Brasil às pesquisas pelas novas vacinas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a suspensão dos testes nacionais com a CoronaVac, vacina de origem chinesa e que vem sendo operacionalizada pelo governo de São Paulo, através do Instituto Butantan. Nas redes sociais, o presidente da República comemorou a suspensão dos testes, como uma espécie de vitória do governo federal contra João Doria (PSDB), governador de São Paulo. Bolsonaro e Doria vem mantendo um conflito público pela questão do desenvolvimento da vacina – já que, enquanto o governo paulista investe na CoronaVac, o Ministério da Saúde defende a vacina pesquisa pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. As vacinas são o objetivo do mundo inteiro e quanto antes elas chegarem aos Estados-Nações e às pessoas, a partir de todos os protocolos de testagens, a pandemia poderá ser debelada mais rapidamente. É algo que parece óbvio, mas o presidente parece não ver – ou não querer enxergar –, por suas prioridades político-eleitorais. O Brasil tende a continuar sofrendo, por alguns meses, pela maneira desastrada e negligente com a qual o governo federal faz a gestão do enfrentamento da pandemia. A esperança é que haja uma chegada rápida das vacinas e que os estados brasileiros possam agilizar a distribuição dentro de suas unidades federativas. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques política coronavírus COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES análise política Lula lidera cenário para 2026 e oposição segue fragmentada, mostram pesquisas 08.04.25 19h51 Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01