CPI avança e pesquisas mostram reprovação de Bolsonaro, que antecipa eleição e ataca instituições Rodolfo Marques 09.07.21 17h50 A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia de Covid-19, integrada por 11 Senadores, completou mais de dois meses de trabalho e passou a investigar de maneira mais efetiva as denúncias de corrupção que teriam ocorrido no caso da aquisição de vacinas – em especial a partir da negociação da vacina indiana Covaxin e a da presença de empresas intermediárias e de revendedores autônomos na aquisição da AstraZeneca. Há fortes indícios de que, além dos atrasos no processo de imunização pela falta de vacinas, houve também a atuação de pessoas para terem benefícios financeiros indevidos com o processo de compra dos imunizantes. O reflexo do trabalho da CPI, que também foca nas questões do negacionismo presidencial em relação à pandemia, na indicação do uso de medicamentos com ineficácia comprovada (cloroquina), e no caos da falta de oxigênio em Manaus, em especial no início de 2020, acabou sendo observado em pesquisas recentes, principalmente a Datafolha. Em levantamento realizado pelo Instituto no início de julho e divulgado em 08.07, a reprovação ao presidente da República chegou a 51% - o pior índice da atual gestão. Houve um incremento de 6 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Jair Bolsonaro (sem partido) mantém 24% de aprovação – avaliações “bom” e “ótimo”. Os dados também evidenciaram que a maioria dos entrevistados consideram o presidente como autoritário, indeciso, falso, pouco inteligente, desonesto, incompetente e despreparado. Nesse cenário, e permanentemente preocupado com as eleições 2022, Jair Bolsonaro vem desacreditando a CPI, buscando retirar credibilidade dos trabalhos e desferindo xingamentos e outras expressões chulas aos integrantes da Comissão e ao Senado de uma maneira geral. Ao mesmo tempo, retomou uma velha premissa de que as eleições recentes no Brasil tiveram fraudes – sem mostrar provas disso. Ele voltou a defender o voto impresso e auditável, tecendo críticas pessoais aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, além de atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o próprio Supremo Tribunal Federal (STF). É importante pensar que, em uma democracia, é essencial que haja uma plenitude no funcionamento das instituições e que qualquer forma de ataque a elas precisa ser coibido, venha de quaisquer origens. As eleições presidenciais de 2022, embora cronologicamente ainda demorem mais de um ano, já pautam o debate nacional, em um ambiente em que o Brasil continua mergulhado gravemente na pandemia de Covid-19. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09