COP 27: Eleito, Lula busca retomar algum protagonismo internacional para o Brasil Rodolfo Marques 18.11.22 18h00 O dia 18 de novembro de 2022 marca a previsão de encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre as alterações climáticas – COP27 –, em Sharm el-Sheik, no Egito. A programação pode se estender por mais alguns dias, para tratar questões como financiamento internacional e alguns protocolos conjuntos. O evento começou em 6 de novembro, com a discussão de medidas de enfrentamento das mudanças climáticas e do apoio mais efetivo aos países em desenvolvimento e aos mais pobres. No caso da participação brasileira na programação, chamou muito a atenção a presença do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva (PT). Ainda na esteira da vitória obtida em 30 de outubro de 2022, Lula foi como convidado do presidente egípcio e do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB-PA). Ele defendeu, em seu discurso, a luta contra o aquecimento global e o consequente combate à pobreza. Bateu na tecla da sustentabilidade, a partir do equilíbrio da exploração econômica com a “floresta em pé”, em especial na Amazônia brasileira. O presidente brasileiro a partir de 01 de janeiro de 2023 ressaltou que não existem “dois planetas Terra”, a despeito das grandes diferenças regionais e socioeconômicas. De certa forma, Lula aproveitou sua participação no evento para tentar resgatar um certo protagonismo do país no contexto internacional. É uma busca por recuperação de espaço dentro das principais assembleias globais – espaço esse que foi sendo diminuído entre os anos de 2019 e 2021, consequência de políticas equivocadas do governo de Jair Bolsonaro (PL-RJ) e da gestão do Itamaraty. Paralelamente a isso, o governador do Pará conseguiu bastante destaque no evento, não apenas liderando temporariamente o grupo de governadores do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, como chamando a atenção para os processos subnacionais, com as realidades próprias de cada unidade federativa do Brasil. Houve a entrega, inclusive, da Carta dos Governadores pela Amazônia. Ainda dentro desse contexto, o presidente eleito pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) para que a Conferência do Clima ocorra na Amazônia, em 2025 – a COP-30. Belém e Manaus tendem a disputar a preferência, caso a ONU acate o pedido feito pelo presidente eleito. Em 2021, a Conferência ocorreu em Glasgow, na Escócia. Assim, entre os vários desafios que a próxima gestão do governo federal terá, sem dúvida, a questão da diplomacia está entre as mais evidentes. O Brasil precisa fortalecer os acordos bilaterais e voltar a ter relevância na discussão global, ajudando a pautar o debate. O caminho é árduo, os primeiros passos foram dados, mas não há atalhos dentro da política internacional. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09