Brasil 'supera' marcas de 500 mil contaminações e 30 mil mortes com Covid-19 e estados pedem socorro Rodolfo Marques 03.06.20 18h00 O Brasil se tornou o epicentro mundial da Covid-19, após os ciclos mais dramáticos na Europa (Reino Unido, Itália, Espanha e França) e Estados Unidos – estes continuam registrando muitos casos. Aliás, alguns países da América Latina vêm enfrentando graves problemas em relação à expansão da pandemia. Equador, Peru, Bolívia e até mesmo o Chile vêm apresentando um cenário cada vez mais preocupante. Argentina, Uruguai e Paraguai, que se anteciparam às medidas e foram mais rigorosos no controle da expansão da doença, colhem resultados melhores e mais promissores. Com o desenvolvimento desigual da pandemia – considerando-se a geografia do Brasil –, os números tendem a ser ainda mais dramáticos nas próximas semanas, em especial em algumas regiões. Neste início da primeira semana do mês de junho, o país já apresenta mais de 32 mil óbitos, com a curva ascendente em vários estados. Apesar desses números, alguns estados e municípios vêm retomando, gradualmente, a rotina em determinadas atividades comerciais. Todavia, enfrentam o cenário da crise econômica derivada da pandemia, “aliada” ao medo de parcelas significativas da população em voltar a circular nos espaços públicos. Os países que precipitaram o retorno às atividades acabaram enfrentando não só uma segunda onda de contaminações, mas também todos os problemas derivados desse movimento. Outro ponto que precisa ser ressaltado nessa discussão é a posição dos estados em relação ao repasse de recursos e nas relações com os poderes Legislativo e Judiciário. As unidades federativas vêm enfrentando muitas dificuldades para a manutenção de suas despesas correntes, não só pela diminuição da arrecadação tributária, mas com o próprio aumento da dívida pública – nem todos os estados conseguem administrar esse processo de maneira adequada. Os governadores dependem muito dos recursos da União – mesmo com o cenário de conflito deflagrado pelo presidente da República desde o início da pandemia. Dessa forma, com a ausência de um pacto nacional em prol do combate à Covid-19 – e envolto em uma instabilidade política cujo principal (e equivocado) foco está nas eleições 2022 –, o Brasil entra no seu quarto mês de crise sistêmica, sem maiores perspectivas de recuperação a curto e médios prazos. As medidas de distanciamento social ainda são as mais eficazes para o lidar com a crise e, em paralelo, cabe ao poder executivo federal prover as políticas públicas para propor a recuperação integrada. A esperança permanece, embora os fatos políticos e o cenário indiquem o contrário. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques colunas coronavírus política saúde COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09 Rodolfo Marques Bolsonaro e dia 25 de fevereiro de 2024: imagens e reafirmação de discursos 01.03.24 18h50 Rodolfo Marques Governador Helder Barbalho busca aumento de sua capilaridade política nacional 23.02.24 8h00 Rodolfo Marques Governo Lula III: apesar das melhorias do primeiro ano, é preciso avançar mais 16.02.24 16h49