Bolsonaro em conflito com ministro, Brasil é invadido pelo covid-19 e Estados buscam alternativas Rodolfo Marques 03.04.20 18h00 A gestão de Jair Bolsonaro (sem partido) vem cada vez mais gerando problemas ao Brasil, em especial neste contexto da pandemia do novo Coronavírus. Após alguns pronunciamentos públicos falando sobre a necessidade de união nacional e reconhecendo os grandes males causados pela expansão da Covid-19 no Brasil, Bolsonaro voltou à carga ao reforçar conflitos e manter a polarização ideológica do país, sobrepondo os seus interesses políticos e eleitorais – principalmente, em relação ao pleito de 2022 – em relação às demandas da população brasileira. Jair Bolsonaro voltou a criticar publicamente o ministro da Saúde (e médico) Luiz Henrique Mandetta. Este vem ressaltando a necessidade da manutenção do isolamento social, com as pessoas ficando em casa, como sendo o principal mecanismo de combate e prevenção à expansão da pandemia. O presidente, além de desautorizar o ministro em várias ocasiões, disse que, embora não pense em demitir Mandetta em um “cenário de guerra”, o titular da pasta da Saúde precisaria ter mais “humildade” e “agir menos por contra própria”. Esse clima belicoso entre presidente da República e ministro da Saúde só traz mais instabilidade para a sociedade, em geral, e não traz nenhum tipo de benefício prático. Os índices de contaminação e mortes, no Brasil, vêm crescendo em números assustadores e já há, com mortes registradas em todas as regiões do país. O estado de São Paulo, até mesmo pela sua magnitude populacional, apresenta os dados mais alarmantes e, em paralelo, lá há as ações mais radicais de estímulo ao confinamento e à busca pelas parcerias econômicas e na saúde pública. O Pará já ultrapassou a barreira de 50 contaminações e já apresentou a primeira morte, na região oeste do estado, mas vem demonstrando uma grande mobilização, capitaneada pelo governador Helder Barbalho (MDB), para buscar achatar a curva de contaminação e apresentar uma estrutura melhor no sistema de saúde. Um dos pontos que precisa ser acompanhado, aliás, em todo o Brasil, é a ajuda emergencial a trabalhadores informais e a populações mais carentes, no valor de R$ 600,00. A ação foi uma iniciativa do Congresso Nacional e que acabou tendo o aval do Planalto. Os pagamentos deverão ser feitos através do registro do Cadastro Único, junto ao Ministério da Cidadania. Embora haja uma perspectiva de os pagamentos começarem a ser feitos na segunda quinzena de abril, o governo federal ainda não definiu o cronograma da execução do programa. O Brasil vai mergulhando, cada vez mais, na crise sanitária e, também, na decadência econômica. Os índices gerais tendem a se deteriorar, em especial nos meses de abril e maio, em que o país tende a apresentar os piores números em relação à expansão da Covid-19. Para tentar enfrentar essa crise e iniciar a recuperação nos meses subsequentes, o Brasil precisa de sintonia entre os entes federativos e maior diálogo entre os gestores públicos, que devem priorizar as questões coletivas em relação possíveis interesses individuais. O país continua tendo pressa para vencer a Covid-19. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques O Liberal colunas COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09