A pouco mais de um ano da COP-30, Pará luta contra crise climática Rodolfo Marques 20.09.24 14h43 Diante da crise climática que assola boa parte do Brasil, ações dos atores políticos são urgentes para o enfrentamento dos problemas. O governo federal está bastante mobilizado e algumas gestões estaduais vêm agindo, em maior ou menor escala. No caso do Pará, o governador Helder Barbalho (MDB) vêm atuando de forma assertiva. No dia 17, ele decretou situação de emergência em razão do agravamento das queimadas e da seca no estado. A determinação foi derivada pela longa e constante estiagem que está afetando diversas regiões do estado – e a consequente queda nos níveis de água em reservatórios e rios e aquíferos. Tal realidade tem causado impactos profundos em setores fundamentais, como agricultura, pecuária e abastecimento de água limpa, comprometendo atividades econômicas e a qualidade de vida das populações do estado e da região amazônica. Os incêndios em regiões não protegidas também têm causado sérios problemas de qualidade do ar, aumentando a poluição e colocando em risco a saúde pública. Dados alarmantes mostram um crescimento de 200% nos focos de queimadas em comparação ao ano anterior. Brigadistas, equipamentos e aeronaves já estão mobilizados para atuar nos municípios mais atingidos, com ações coordenadas pela Defesa Civil. A fauna e a vegetação da região estão sendo impactadas, com migração de espécies e destruição da cobertura vegetal, o que aumenta o risco de novos incêndios e a poluição atmosférica. Isso, por sua vez, tem levado ao agravamento de problemas respiratórios na população, sobretudo nas regiões mais críticas, como Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás e Xingu. A situação traz à tona uma emergência ambiental que, além de local, insere-se no contexto mais amplo das mudanças climáticas globais. A combinação de seca, queimadas e poluição expõe a vulnerabilidade ambiental da região e exige ações urgentes não apenas para conter os efeitos imediatos, mas também para promover uma gestão sustentável dos recursos naturais a longo prazo. É fundamental que as autoridades se empenhem na adoção de políticas públicas que incentivem práticas mais sustentáveis e o uso racional da água, tanto por produtores rurais quanto pela população em geral. O Pará está a pouco mais de um ano da realização da COP-30, prevista para ocorrer, em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. A temática das mudanças climáticas está cada vez mais evidente e urgente. Neste cenário, parece claro que o decreto de emergência busca conter os impactos imediatos da crise ambiental que o estado enfrenta, oferecendo medidas de curto prazo para mitigar os danos causados pela seca e pelas queimadas. Entretanto, a gravidade da situação reforça a necessidade de planejamento a longo prazo para que o estado e a região possam se recuperar e se preparar para enfrentar desafios futuros, em um contexto de mudanças climáticas cada vez mais frequentes. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01 Rodolfo Marques Decisão da Big Tech Meta nos Estados Unidos e possíveis reflexos futuros no Brasil 14.01.25 15h15