A necessidade de se 'ajustar ponteiros' para enfrentar a crise e iniciar a recuperação do Brasil Rodolfo Marques 18.05.20 18h00 O Pará e o Brasil vivem mais um início dramático de semana em virtude da expansão da covid-19. O estado nortista já apresenta cerca de 15 mil casos, com mais de 1.300 óbitos – e o cenário tende a se agravar nas duas últimas semanas de maio, quando se deve chegar ao pico das contaminações pela Covid-19. O lockdown em 17 municípios do Pará foi estendido até 24 de maio, buscando-se o isolamento social de 70%. O Brasil já ultrapassou a “marca” de 16 mil óbitos, com a conjuntura sendo extremamente desfavorável a curto e médio prazos. Um dos pontos que vêm causando controvérsias é em relação aos mecanismos para o tratamento da doença. O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), além de insistir na retomada das atividades econômicas e da reabertura do comércio no país, vem defendendo o uso da hidroxicloroquina como protocolo médico. Mas não há estudo científico comprovado que indique a utilização do medicamento, embora médicos possam optar pelo uso dele, associado à azitromicina. Aliás, a médica imunologista e oncologista Nise Yamaguchi, cotada para assumir o Ministério da Saúde após o pedido de demissão de Nelson Teich, no dia 15 de maio, vem concedendo entrevistas recomendando o uso da hidroxicloroquina para tratar a covid-19. A simultaneidade das crises política, econômica e sanitária compromete o cenário geral do país. O governo federal deveria evitar conflitos e focar no enfrentamento dos inimigos reais – em especial o vírus. Mas a desarticulação no Planalto e as trocas nos Ministérios da Saúde e da Justiça e Segurança Pública, além das investigações sobre o núcleo político do presidente acabam monopolizando as atenções – deixando o mais importante – a crise sanitária –, em segundo plano. Em paralelo a esse cenário, há uma expectativa para que o Ministério da Economia anuncie, cada vez mais, medidas efetivas para a retomada econômica do Brasil. As ações, por ora, são discretas e com poucos resultados práticos. Indubitavelmente, o cenário de grande crise no Brasil se acentuou com a comunicação distorcida e com os diversos conceitos disformes a partir do governo federal em relação à população e a outros entes federativos. Esses discursos dissonantes geram uma instabilidade e um desconfiança junto à população, que nem sempre sabe em quem acreditar. Para além disso, uma distribuição melhor de recursos para o socorro financeiro aos estados poderia ser um importante diferencial nos processos de combate à expansão da pandemia e de retomada da vida “normal”. Paciência e perseverança são, mais do que nunca, virtudes essenciais ao brasileiro nestes atuais e próximos meses. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques colunas coronavírus pandemia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09