A indicação de Flávio Dino ao STF, seus desafios e suas implicações Rodolfo Marques 01.12.23 18h41 Na segunda-feira, 27 de novembro, o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, anunciou o nome do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para ocupar a cadeira deixada pela ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo rito constitucional, após a indicação por parte do chefe do Poder Executivo, o candidato a uma vaga no STF é submetido a uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, formada por 27 parlamentares. Depois dessa etapa, o nome é encaminhado para o Plenário do Senado, onde haverá a votação. Com a maioria simples de 41 dos 81 senadores, há o referendo para a nomeação do(a) novo(a) ministro(a). No caso de Flávio Dino, a sabatina na CCJ será em 13 de dezembro. Dino tem, em seu histórico, uma longa carreira tanto na magistratura quando na política partidária: foi juiz federal por 12 anos; deputado federal por um mandato; governador do Maranhão por oito anos (dois mandatos); e senador da República, cargo do qual se licenciou para ocupar o cargo no governo Lula, a partir de janeiro de 2023. Ele reúne as credenciais e os requisitos necessários para a investidura do cargo. Entre a indicação e a sabatina e a votação em plenário, caberá a Flávio Dino fazer o corpo a corpo para conquistar votos dos senados. A atual legislatura tem algumas bancadas mais alinhadas à direita e à extrema-direita – portanto, de forte oposição ao governo Lula e, por tabela, ao nome de Flávio Dino. Todavia, pela experiência política e pelo trânsito de que ele dispõe nas arenas decisórias, há uma expectativa de obtenção de votos de até 50 senadores, mantendo a tradição da manutenção da aprovação das indicações presidenciais para a Suprema Corte do país. O atual ministro da Justiça também se notabilizou pela eloquência em embates no Parlamento, em 2023, e pelo combate intensivo à violência e ao tráfico de drogas. Houve algumas divergências internas, dentro do governo, também, em relação ao nome de Flávio Dino. Outros nomes, como os do Advogado-Geral da União, Jorge Messias; do ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida; da promotora de justiça, Lívia Vaz; e da procuradora federal Manuellita Hermes apareceram entre os cotados. O Partido dos Trabalhadores (PT) defendia a indicação de Jorge Messias. Assim, a ascensão de Flávio Dino a uma das 11 vagas do Supremo Tribunal Federal, se confirmada, é mais um indicativo de mudança do perfil da Corte e trará, ao atual ministro da Justiça e Segurança Pública, o desafio de migrar do meio político para a magistratura, ocupando outro papel. Esse cenário traz, consigo, também, a necessidade constante de aperfeiçoamento da instituição, que segue sendo relevante e cada vez mais protagonista na defesa do Estado Democrático de Direito. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09