Para quem estendemos o tapete vermelho: para as escolhas ética ou antiética? Océlio de Morais 17.09.24 10h00 Enquanto escrevo essa breve pensata, centenas de milhões de eventos (positivos e negativos) ocorrem em nosso planeta; enquanto o leitor – hoje ou em qualquer outro dia – ler ou reler essa crônica, centenas de milhões de decisões (éticas e não éticas, boas ou más) estão acontecendo em nosso planeta. A gente nem se dá conta de todos esses eventos e decisões, porque – em geral e isso é natural – vivemos circunscritos em círculos sociais menores, mas igualmente a todo instante tomando decisões e ou sendo destinatários das marcus decisões. Nas tomadas de decisões, vamos procurando razões para os projetos, para os objetivos imediatos ou mediatos ou buscando sentido à própria vida mergulhada no turbilhão de desafios cotidianos a serem enfrentados e superados. Às vezes, nos sentimos sós, quando então o silêncio respeitoso e consciencioso que abraça nossa alma é o conselheiro que se apresenta como sábio às escolhas, às decisões e às ações concretas. Mas, às vezes, nos sentimos tão pequeninos como a menor partícula de área na imensidão do Cosmo, momentos em que a impotência pesa sobre os nossos ombros e enfrentamos dificuldades para as boas escolhas e decisões. Somos existencialmente essa síntese inquieta e inquietante, natureza reveladora das alegrias e tristezas, da compaixão e raiva, do amor e ódio, da abnegação e inveja, da caridade e da usura, da humildade e arrogância, da gentileza e estupidez. As escolhas, à luz dos valores ou desvalores que estão disseminados nas relações humanas, definem se a caminhada existencial será turbulenta, enfrentando tempestades, ou se poderá ser mais serena com transitividade de alma. Se plantamos morangos e maçãs, não colheremos laranjas e limas, porque são naturezas distintas. Assim, nas relações humanas, se as escolhas são éticas, potencialmente as resposta à vida espiritual serão benéficas, porque a boa ética naturalmente resultará num fruto (resultado) ético. Se as escolhas (e ações) são antiéticas, dessa árvore do mal – ainda que de forma imediata e aparente resulte em riquezas materiais – tais riquezas não se sustentaram por muito tempo, pois a corrupção que deforma e domina a alma será a corrupção que dissolverá a riqueza em cinzas levando à míngua espiritual o corrupto. A ética do bem não ignora a corrupção das coisas e com ela não compactua. A ética do mal procura justificar com retórica e narrativas as escolhas corruptivas, porque delas obtém ou quer obter vantagens indevidas. Somos o resultado de nossas escolhas e decisões. Resta saber o que somos de verdade. Em qual categoria de humanos nos enquadramos: somos pessoas do bem ou mal? Edificamos palacetes aos vícios aéticos ou construímos palacetes à boa e honesta ética? Para quem estendemos o tapete vermelho: para as escolhas éticas ou antiética? ATENÇÃO: Em observância à Lei 9.610/98, todas as crônicas, artigos e ensaios desta coluna podem ser utilizados para fins estritamente acadêmicos, desde que citado o autor, na seguinte forma: MORAIS, O.J.C.; Instagram: oceliojcmoraisescritor Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas ocelio de morais COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Océlio de Morais . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM OCÉLIO DE MORAIS OCÉLIO DE MORAIS Sociedade sem sentimentos, a sociedade mecânica: problemas da biotecnologia, desafio à bioética 24.09.24 8h00 Océlio de Morais Para quem estendemos o tapete vermelho: para as escolhas ética ou antiética? 17.09.24 10h00 Océlio de Morais O cristiniasmo, o espiritismo e o valor da vida desde a concepção 03.09.24 8h49 Océlio de Morais O que deve marcar a história completa de cada pessoa por toda a vida? 27.08.24 10h01