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Sob coordenação do Departamento de Marketing do Grupo Liberal, aborda os temas relacionados à economia, negócios, tecnologia, comportamento e áreas afins. Publicação aos domingos, terças e quintas. A coluna recebe sugestões pelo e-mail maisliberal@oliberal.com.br.

Presidente Bolsonaro confirma Covid-19, hidroxicloroquina volta à evidência e índices gerais pioram

Rodolfo Marques

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido-RJ), após apresentar sintomas da Covid-19, no início do mês de julho, fez os testes e atestou positivo para a doença. Com uma postura negacionista em relação aos efeitos da pandemia desde o início desta, Bolsonaro vem tentando demonstrar otimismo em relação ao seu processo de cura e alega estar se medicando com a cloroquina e com a hidroxicloroquina – substâncias usadas para o tratamento de moléstias como lúpus e a malária e que vem sendo uma bandeira do governo federal desde o início da crise.

Com toda a repercussão desse episódio nas mídias tradicionais e nas redes sociais, três reflexões importantes podem ser feitas. A primeira delas é o fato de que o presidente da República vai ter todo o suporte para enfrentar de forma rápida e efetiva a doença – é natural pensar nisso; ele terá oportunidades de tratamento que boa parte da população brasileira afetada pela Covid-19 não terá. 

A segunda questão é o reaparecimento da hidroxicloroquina como medicamento para se lidar com o novo coronavírus; embora os testes com o remédio tenham sido suspensos em boa parte do mundo e que alguns países proíbam o uso dele, o governo brasileiro continua defendendo que médicos ministrem a substância para os pacientes, no início do tratamento ou nos casos mais graves. 

E terceira questão é que Bolsonaro continua denotando pouco cuidado e reforçado desdém com a doença – outrora chamada de “gripezinha”. Ele decidiu pela suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes públicos e a minimização das crises sistêmicas nos estados. O presidente também esteve sem máscara em vários eventos públicos neste mês de julho, mesmo já apresentando alguns sintomas da doença. 

Com a expectativa de que o presidente Bolsonaro se recupere bem da doença e que mude a postura diante da gravidade da crise, a realidade aponta um cenário cada vez pior no Brasil. Segundo dados divulgados em 08 de julho de 2020, o Brasil já está próximo de 1 milhão e 700 casos de contaminações e um número maior de 67 mil mortes. 

Assim, com a guerra perdida contra a Covid-19, o Brasil continua envolvido em uma confusão de discursos e decisões controvertidas nas unidades federativas, afundando cada vez mais em sua crise sistêmica – com os problemas sanitários, econômicos e sociais, além da forte instabilidade política gerada a partir das confusões do governo federal.

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