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MAIS LIBERAL

Sob coordenação do Departamento de Marketing do Grupo Liberal, aborda os temas relacionados à economia, negócios, tecnologia, comportamento e áreas afins. Publicação aos domingos, terças e quintas. A coluna recebe sugestões pelo e-mail maisliberal@oliberal.com.br.

Papo Liberal com Beatriz Padovani sobre desafios da educação na pandemia e Clarice Lispector

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Papo Liberal

image Beatriz Padovani (Ary Souza/ Arquivo O Liberal)

A Mais Liberal conversou com Beatriz Padovani, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Pará (Sinepe-Pará) sobre os desafios na Educação durante a pandemia e as perspectivas para 2021.  

O ano de 2020 foi marcado por mudanças, sobretudo com a nova realidade de aulas virtuais. Quais foram os maiores desafios?

A maior dificuldade encontrada pelas instituições de ensino foi a paralisação das atividades presenciais sem nenhum planejamento prévio. Evidentemente, ninguém imaginava que, em março de 2020, as aulas presenciais seriam suspensas e nós ficaríamos praticamente um ano inteiro trabalhando de forma remota ou híbrida, de acordo com a circunstância e o período. Isso pegou as escolas completamente desprevenidas e não houve um planejamento para essa transição de modelos e de metodologias educacionais. Contudo, o setor privado conseguiu dar uma resposta bastante positiva, na maioria dos casos, e manter de pé o ensino no Pará, ainda que com dificuldades. Chegamos ao fim do ano muito mais preparados, prontos para enfrentar o ano letivo de 2021 com excelência, valendo-se de tudo aquilo que foi desenvolvido ao longo de 2020.

Foi preciso investir em tecnologia e equipamentos para a adequação dos novos padrões. Como está a saúde financeira das escolas com essas circunstâncias adversas?

É inegável que as escolas sofreram muito economicamente em 2020. Ao contrário do segmento público, as escolas vivem e sobrevivem, apenas e tão somente, dos recursos aferidos junto aos alunos com as anuidades/semestralidades escolares. Não há qualquer tipo de subsídio, auxílio ou ajuda do poder público para o setor privado conseguir atravessar esse período que foi tão difícil. Houve o aumento na evasão, na inadimplência. Houve também a instituição de descontos compulsórios, de descontos que as escolas livremente concederam para manter os alunos, enfim foi um ano muito difícil. E, somando a isso, um ano que demandou investimentos altíssimos. Mas não só em tecnologia, também em adequações físicas para garantir os protocolos sanitários. Eu diria, de modo geral, que foi o ano mais difícil da história do ensino privado no Brasil.

Como o sindicato avalia o fechamento das escolas?

O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Pará repudia, de forma veemente, o fechamento das escolas. Ao contrário de ser um local favorável à contaminação, as escolas seguiram os protocolos sanitários, investiram pesadamente na segurança, com capacitações de seus funcionários e professores, compraram EPIs. São locais muito mais seguros para as crianças e para os jovens do que bares, restaurantes, academias, enfim, do que todo o resto do setor da economia. Se nós pararmos para pensar, o Brasil deixou o ensino em último lugar. A última das prioridades do País é a educação. É interessante um país que tem déficit educacional gigantesco, que teria que priorizar o ensino, o deixar por último. Tudo no país voltou a funcionar, menos a educação. E menos a educação de um segmento, que é o privado, que investiu muito para apresentar e favorecer a segurança dos seus alunos e, inclusive, a confiança das famílias. As escolas contribuem para a saúde, não só sanitária das crianças e jovens, como também emocional, social e psicológica. Os países desenvolvidos do mundo fecham tudo, menos as escolas. O Brasil abre tudo, menos as escolas. Há que se pensar esse processo.

Como aliar os interesses econômicos com os desafios pedagógicos?

Não se trata de equacionar ou aliar interesses econômicos com desafios pedagógicos. Na verdade, as escolas têm que se manter, têm que arrecadar o suficiente para poder oferecer um ensino com qualidade, com segurança sanitária, com tecnologia, pois não podemos mais afastar essa hipótese do cotidiano das escolas. E têm feito tudo que podem. Agora, há que se compreender que há um limite. A escola arrecada e, dentro daquele limite, pode fazer investimentos. Se não arrecadar, não vai poder fazer. Mas não há interesses antagônicos, ao contrário. O interesse da escola é ser o mais segura possível, um ambiente onde as famílias e os alunos se sintam bem, tranquilos, e neste sentido, todos os investimentos foram e continuarão sendo feitos, inclusive em novas metodologias a serem desenvolvidas e aplicadas em 2021.

O modelo híbrido, com aulas presenciais e on-line, deve continuar, mesmo com o fim da pandemia?

Com certeza, a tecnologia vai integrar o ano letivo de 2021 e o futuro das escolas. Agora, o modelo híbrido ainda está em discussão no Conselho Nacional. Os pareceres que favorecem a reorganização do calendário e fim das atividades de 2020 já foram aprovados, mas ainda não homologados pelo ministro. Então, os sistemas estaduais e municipais estão aguardando as homologações para poder dar segurança para as escolas de saber se vamos usar o modelo híbrido ou se vai usar a tecnologia para reposição de conteúdos, enfim, como algo paralelo ao ensino presencial.

Quais as perspectivas para o primeiro semestre de 2021?

Como ainda não temos um parecer final do Conselho Nacional, não há como dar uma perspectiva clara de como será o início do ano. Mas, do ponto de vista daquilo que as escolas pretendem, é o início normal de atividades presenciais, com apoio dos recursos tecnológicos para incrementar, fazer reposições, complemento de carga horária que tenha ficado atrás, a partir de avaliações diagnósticas, programas individualizados de ensino. Tudo isso está programado e previsto para as escolas para o primeiro semestre de 2021, aguardando apenas uma posição mais clara do Ministério da Educação. 

NOTAS: 

Maior audiência do Brasil
A TV Liberal foi a grande vencedora do 7º Prêmio Globo de Programação. A emissora conquistou a maior audiência dentre as afiliadas Globo do Painel Nacional de Televisão (PNT), de acordo com dados da Kantar Ibope Media. O período analisado foi de outubro de 2019 a outubro de 2020.

Presencial e on-line
De 11 a 13 de dezembro, chefs de Belém, São Paulo, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre e BH ofertam pratos para serem degustados em seus restaurantes ou via delivery. É o Festival Fartura Gastronomia Du Brasil, que nesta edição se espalha por diversas capitais reunindo 30 mestres das panelas que formaram duplas, sempre com um profissional de outro lugar, para criar os menus. Thiago Castanho, Saulo Jennings, Paulo Anijar, Eliana Ferreira e Daniela Martins são os representantes do Pará. Mais informações em farturabrasil.com.br.

Para celebrar o centenário de nascimento de Clarice Lipector, o Sesc lançou, esta semana, um mosaico com a leitura do conto Felicidade Clandestina, que retrata a paixão pela leitura. A homenagem à escritora foi gravada por funcionários da área de literatura de todo o país, trazendo vários sotaques brasileiros. Confira, a seguir, o vídeo. 

Prazo prorrogado
Estudantes de cursos técnicos e universitários têm agora até esta segunda-feira, 14, para se candidatar ao Programa de Estágio 2021 da Votorantim Cimentos. No Pará, há vagas disponíveis para Belém, Ananindeua e Primavera. Mais informações em oportunidades.eureca.me.

Prêmio Simineral de Comunicação
Este ano em formato de live por conta da pandemia, a tradicional premiação para produtores de conteúdos digitais, jornalistas e profissionais de comunicação de empresas mineradoras terá solenidade na quarta-feira, 16, quando o público conhecerá os grandes vencedores dos mais de 70 trabalhos avaliados pelos jurados. A edição traz como tema "Uma nova comunicação para um novo mundo” e tem patrocínio da Vale.

Prêmio Simineral de Comunicação II
Pelo Grupo Liberal, concorrem André Laurent, com "A Covid-19 no marajó", Celso Freire, com "Indígenas desafiam a comunicação na Amazônia", e Fabiano Vilela com "Toneladas de mercúrio entram clandestinamente no país para abastecer garimpo de ouro". Conheça todos os finalistas do prêmio.

PRÊMIO SIMINERAL DE CONTEÚDO PARA REDES SOCIAIS

Kadu Alvorada
Doidinho da Cabeça - Quem mais entrou pro time?

Michael Santos 
Inglês técnico para Mineração

Paulo Petterson
Resenha.ComPará

Raisa Araujo
Minuto no mundo

Trisha Guimarães
Dicas de higiene em casa em tempos de Covid-19

Valentina Gomes
Geologia com sotaque

PRÊMIO HAMILTON PINHEIRO DE JORNALISMO

André Laurent
A Covid-19 no marajó

Andressa de Freitas Ferreira
Transformação

Carlos Jordan
Afreekanas

Celso Freire
Indigenas desafiam a comunicação na Amazônia

Esperança Bessa
Isolamento que conecta

Fabiano Vilela
Toneladas de mercúrio entram clandestinamente no país para abastecer garimpo de ouro

Giulia Moreira
Enfermagem do CHU usa a Internet como ferramenta de ensino durante a pandemia

Izabel Chaves
Série: o minério no dia a dia das pessoas

Lorena Filgueiras
Quanto mais likes e views melhor

Laís Azevedo
Ócio criativo

Sonia Ferro
Comunicação na Pandemia

Tarso Sarraf
Falta de água prejudica prevenção na pandemia em cidade da Ilha do Marajó

Ulisses Pompeu
Especial epidemia das bikes na pandemia

Zeus Mota Bandeira
Especial reinvenção na Pandemia

PRÊMIO SIMINERAL DE CONTEÚDOS EMPRESARIAIS

OZ MINERALS BRAZIL
Vamos falar sobre vencer o câncer

NORSK HYDRO
A Comunicação Digital como forma de aproximação, informação e engajamento durante a pandemia de Covid-19

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