Papo Liberal com Beatriz Padovani sobre desafios da educação na pandemia e Clarice Lispector Mais Liberal 11.12.20 19h19 Papo Liberal Beatriz Padovani (Ary Souza/ Arquivo O Liberal) A Mais Liberal conversou com Beatriz Padovani, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Pará (Sinepe-Pará) sobre os desafios na Educação durante a pandemia e as perspectivas para 2021. O ano de 2020 foi marcado por mudanças, sobretudo com a nova realidade de aulas virtuais. Quais foram os maiores desafios? A maior dificuldade encontrada pelas instituições de ensino foi a paralisação das atividades presenciais sem nenhum planejamento prévio. Evidentemente, ninguém imaginava que, em março de 2020, as aulas presenciais seriam suspensas e nós ficaríamos praticamente um ano inteiro trabalhando de forma remota ou híbrida, de acordo com a circunstância e o período. Isso pegou as escolas completamente desprevenidas e não houve um planejamento para essa transição de modelos e de metodologias educacionais. Contudo, o setor privado conseguiu dar uma resposta bastante positiva, na maioria dos casos, e manter de pé o ensino no Pará, ainda que com dificuldades. Chegamos ao fim do ano muito mais preparados, prontos para enfrentar o ano letivo de 2021 com excelência, valendo-se de tudo aquilo que foi desenvolvido ao longo de 2020. Foi preciso investir em tecnologia e equipamentos para a adequação dos novos padrões. Como está a saúde financeira das escolas com essas circunstâncias adversas? É inegável que as escolas sofreram muito economicamente em 2020. Ao contrário do segmento público, as escolas vivem e sobrevivem, apenas e tão somente, dos recursos aferidos junto aos alunos com as anuidades/semestralidades escolares. Não há qualquer tipo de subsídio, auxílio ou ajuda do poder público para o setor privado conseguir atravessar esse período que foi tão difícil. Houve o aumento na evasão, na inadimplência. Houve também a instituição de descontos compulsórios, de descontos que as escolas livremente concederam para manter os alunos, enfim foi um ano muito difícil. E, somando a isso, um ano que demandou investimentos altíssimos. Mas não só em tecnologia, também em adequações físicas para garantir os protocolos sanitários. Eu diria, de modo geral, que foi o ano mais difícil da história do ensino privado no Brasil. Como o sindicato avalia o fechamento das escolas? O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Pará repudia, de forma veemente, o fechamento das escolas. Ao contrário de ser um local favorável à contaminação, as escolas seguiram os protocolos sanitários, investiram pesadamente na segurança, com capacitações de seus funcionários e professores, compraram EPIs. São locais muito mais seguros para as crianças e para os jovens do que bares, restaurantes, academias, enfim, do que todo o resto do setor da economia. Se nós pararmos para pensar, o Brasil deixou o ensino em último lugar. A última das prioridades do País é a educação. É interessante um país que tem déficit educacional gigantesco, que teria que priorizar o ensino, o deixar por último. Tudo no país voltou a funcionar, menos a educação. E menos a educação de um segmento, que é o privado, que investiu muito para apresentar e favorecer a segurança dos seus alunos e, inclusive, a confiança das famílias. As escolas contribuem para a saúde, não só sanitária das crianças e jovens, como também emocional, social e psicológica. Os países desenvolvidos do mundo fecham tudo, menos as escolas. O Brasil abre tudo, menos as escolas. Há que se pensar esse processo. Como aliar os interesses econômicos com os desafios pedagógicos? Não se trata de equacionar ou aliar interesses econômicos com desafios pedagógicos. Na verdade, as escolas têm que se manter, têm que arrecadar o suficiente para poder oferecer um ensino com qualidade, com segurança sanitária, com tecnologia, pois não podemos mais afastar essa hipótese do cotidiano das escolas. E têm feito tudo que podem. Agora, há que se compreender que há um limite. A escola arrecada e, dentro daquele limite, pode fazer investimentos. Se não arrecadar, não vai poder fazer. Mas não há interesses antagônicos, ao contrário. O interesse da escola é ser o mais segura possível, um ambiente onde as famílias e os alunos se sintam bem, tranquilos, e neste sentido, todos os investimentos foram e continuarão sendo feitos, inclusive em novas metodologias a serem desenvolvidas e aplicadas em 2021. O modelo híbrido, com aulas presenciais e on-line, deve continuar, mesmo com o fim da pandemia? Com certeza, a tecnologia vai integrar o ano letivo de 2021 e o futuro das escolas. Agora, o modelo híbrido ainda está em discussão no Conselho Nacional. Os pareceres que favorecem a reorganização do calendário e fim das atividades de 2020 já foram aprovados, mas ainda não homologados pelo ministro. Então, os sistemas estaduais e municipais estão aguardando as homologações para poder dar segurança para as escolas de saber se vamos usar o modelo híbrido ou se vai usar a tecnologia para reposição de conteúdos, enfim, como algo paralelo ao ensino presencial. Quais as perspectivas para o primeiro semestre de 2021? Como ainda não temos um parecer final do Conselho Nacional, não há como dar uma perspectiva clara de como será o início do ano. Mas, do ponto de vista daquilo que as escolas pretendem, é o início normal de atividades presenciais, com apoio dos recursos tecnológicos para incrementar, fazer reposições, complemento de carga horária que tenha ficado atrás, a partir de avaliações diagnósticas, programas individualizados de ensino. Tudo isso está programado e previsto para as escolas para o primeiro semestre de 2021, aguardando apenas uma posição mais clara do Ministério da Educação. NOTAS: Maior audiência do Brasil A TV Liberal foi a grande vencedora do 7º Prêmio Globo de Programação. A emissora conquistou a maior audiência dentre as afiliadas Globo do Painel Nacional de Televisão (PNT), de acordo com dados da Kantar Ibope Media. O período analisado foi de outubro de 2019 a outubro de 2020. Presencial e on-line De 11 a 13 de dezembro, chefs de Belém, São Paulo, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre e BH ofertam pratos para serem degustados em seus restaurantes ou via delivery. É o Festival Fartura Gastronomia Du Brasil, que nesta edição se espalha por diversas capitais reunindo 30 mestres das panelas que formaram duplas, sempre com um profissional de outro lugar, para criar os menus. Thiago Castanho, Saulo Jennings, Paulo Anijar, Eliana Ferreira e Daniela Martins são os representantes do Pará. Mais informações em farturabrasil.com.br. Para celebrar o centenário de nascimento de Clarice Lipector, o Sesc lançou, esta semana, um mosaico com a leitura do conto Felicidade Clandestina, que retrata a paixão pela leitura. A homenagem à escritora foi gravada por funcionários da área de literatura de todo o país, trazendo vários sotaques brasileiros. Confira, a seguir, o vídeo. Prazo prorrogado Estudantes de cursos técnicos e universitários têm agora até esta segunda-feira, 14, para se candidatar ao Programa de Estágio 2021 da Votorantim Cimentos. No Pará, há vagas disponíveis para Belém, Ananindeua e Primavera. Mais informações em oportunidades.eureca.me. Prêmio Simineral de Comunicação Este ano em formato de live por conta da pandemia, a tradicional premiação para produtores de conteúdos digitais, jornalistas e profissionais de comunicação de empresas mineradoras terá solenidade na quarta-feira, 16, quando o público conhecerá os grandes vencedores dos mais de 70 trabalhos avaliados pelos jurados. A edição traz como tema "Uma nova comunicação para um novo mundo” e tem patrocínio da Vale. Prêmio Simineral de Comunicação II Pelo Grupo Liberal, concorrem André Laurent, com "A Covid-19 no marajó", Celso Freire, com "Indígenas desafiam a comunicação na Amazônia", e Fabiano Vilela com "Toneladas de mercúrio entram clandestinamente no país para abastecer garimpo de ouro". Conheça todos os finalistas do prêmio. PRÊMIO SIMINERAL DE CONTEÚDO PARA REDES SOCIAIS Kadu Alvorada Doidinho da Cabeça - Quem mais entrou pro time? Michael Santos Inglês técnico para Mineração Paulo Petterson Resenha.ComPará Raisa Araujo Minuto no mundo Trisha Guimarães Dicas de higiene em casa em tempos de Covid-19 Valentina Gomes Geologia com sotaque PRÊMIO HAMILTON PINHEIRO DE JORNALISMO André Laurent A Covid-19 no marajó Andressa de Freitas Ferreira Transformação Carlos Jordan Afreekanas Celso Freire Indigenas desafiam a comunicação na Amazônia Esperança Bessa Isolamento que conecta Fabiano Vilela Toneladas de mercúrio entram clandestinamente no país para abastecer garimpo de ouro Giulia Moreira Enfermagem do CHU usa a Internet como ferramenta de ensino durante a pandemia Izabel Chaves Série: o minério no dia a dia das pessoas Lorena Filgueiras Quanto mais likes e views melhor Laís Azevedo Ócio criativo Sonia Ferro Comunicação na Pandemia Tarso Sarraf Falta de água prejudica prevenção na pandemia em cidade da Ilha do Marajó Ulisses Pompeu Especial epidemia das bikes na pandemia Zeus Mota Bandeira Especial reinvenção na Pandemia PRÊMIO SIMINERAL DE CONTEÚDOS EMPRESARIAIS OZ MINERALS BRAZIL Vamos falar sobre vencer o câncer NORSK HYDRO A Comunicação Digital como forma de aproximação, informação e engajamento durante a pandemia de Covid-19 Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas mais liberal mais liberal COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Mais Liberal . 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