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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Restos a pagar

Linomar Bahia

A cada final de execução orçamentária, as contas públicas costumam consignar na rubrica “Restos a Pagar”, os valores e os numerários destinados às respectivas coberturas de débitos a serem saldados no próximo exercício financeiro. Na vida humana, pelo contrário, parecemos eternamente condenados a débito de variadas naturezas, em práticas que somente se repetem e se ampliam, refletindo o cancro social da falta de educação que assola negativamente o país, mais visível principalmente em locais e oportunidades em que aglomerações deixam um rastro de sujeira.

Veranistas desse julho, por exemplo, chegam ao fim da temporada devedores dos mesmos maus tratos que sempre impuseram à natureza, sujando o retorno às praias e igarapés depois de afastados nos últimos dois anos devido ao isolamento pelo coronavírus. Tanto não resgataram as dívidas das sujeiras anteriores, restadas desde 2019, como acrescentaram mais corpos estranhos, comprometendo a qualidade da mesma água em que se banham e aos dependentes. Renovaram o triste atestado de malfeitores dos espaços públicos e de péssimos exemplos de má educação.

Testemunhos das negações aos requisitos elementares da civilidade estão nas cristas das ondas cobertas de lixo, transportado no vai-e-vem das marés e depositado em outras praias. Quando será que vamos nos capacitar como seres dotados dos princípios que caracterizam pessoas educadas? Quando teremos consciência do comportamento e das atitudes a que cada ser humano está obrigado, particularmente na limpeza e preservação dos ambientes, como fonte de saúde e bem-estar? Respostas com os pais e professores, principais responsáveis pelas faltas de educação e de civismo. 

Ressuscitaram a verve do saudoso jornalista Sérgio Porto e seu personagem “Stanislaw Ponte Preta”, reeditando o “Febeapá - O Festival de Besteira que Assola o País”, acrescentando às contribuições ao sempre crescente repertório de sandices oficiais, a proibição de veículos na praia de Salinópolis num horário, como se os riscos não ocorressem em outros horários das marés. Uma ilegalidade, por ferir liberdades individuais e, inócua, ao não produzir solução prática, onde veículos nas areias é peculiaridade local e problema exclusivo de quem expõe os carros ao atoleiro.

E o que dizer de proibir o uso da bandeira brasileira, ignorando constituir símbolo da nacionalidade, e questionar o uso da expressão “...pátria amada, Brasil ...”, esquecendo estar na letra do hino nacional. Nesse e em casos semelhantes, há o sinal vermelho da irracionalidade ideológica que está permeando as relações entre os diferentes segmentos políticos e institucionais no país, responsável principalmente pelas ações pontuadas por defesas insanas de candidatos presidenciais. Restrição de acesso a praias, sujeiras e veto a símbolos nacionais, aumentaram os restos que temos a pagar. 

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