Promessas amazônicas Linomar Bahia 28.08.22 8h00 Candidatos de todas as campanhas e discursos, na busca de votos, já esgotaram todo o arsenal de promessas, raramente concretizadas, de acabar com a pobreza, promover desenvolvimento e gerar emprego e renda. Também desgastaram prometidas soluções para os graves problemas da educação, saúde e segurança, que somente se agravam, enquanto o Brasil padece nas últimas colocações do ranking educacional, sofre das doenças provocadas pela falta de saneamento básico e se inscreve entre os maiores índices de violência, sendo, consequentemente, o terceiro país no mundo em população carcerária. Nesta campanha, a procura de novos apelos populares passou a desafiar a argúcia dos marqueteiros de candidatos, entre novas palavras associadas a reivindicações sociais, capazes de soarem bem aos ouvidos do eleitorado. Fazem jus à máxima cunhada, já no século XIX pelo político prussiano Otto von Bismark, de que "Nunca se mente tanto, como antes de uma eleição, durante uma guerra e depois de uma caçada". E o estadista francês Charles de Gaulle, ele mesmo acusado de muitas mentiras antes e durante o governo, dizer que “Como um político nunca acredita no que diz, fica surpreso quando acreditam”. A Amazônia parece despontar entre as preferidas ao constar de 16 programas apresentados por presidenciáveis. O potencial amazônico deixa de ser visto exclusivamente pelas riquezas naturais, passando a ser considerado também como reserva de votos dos cerca de 30 milhões de habitantes. Rompem os séculos de espoliação do bioma e do contrabando da essência do pau rosa para os famosos perfumes franceses, seringueiras para a Ásia, que pôs fim rico ciclo da borracha dos anos 1880/1910 restando apenas vestígios daquele fausto, como o Teatro da Paz e o Teatro Amazonas. Propostas dos candidatos ao próximo pleito se juntam às demais apresentados em várias oportunidades. Houve quem propusesse a descentralização administrativa e orçamentária do governo federal, com uma vice-presidência executiva, para dar tratamento coerente com as peculiaridades regionais. Zonas francas e ZPEs não vingaram ou tiveram os rumos alterados para sobreviverem. Iniciativas mal sucedidas abriram espaço para loucuras como o “grande lago amazônico” do futurólogo Herman Kahn, do “Hudson Institute”, que inundaria mais da metade da região, inclusive parte de Manaus. Promessas amazônicas eleitorais de agora destinadas, como as anteriores, a ficarem somente nas falácias enganosas, trazem à lembrança uma pretensão nascida em 1953 no governo Vargas como SPVEA, a Superintendência de Valorização Econômica da Amazônia de triste memória. Morreu, foi ressuscitada e sobrevive como SUDAM, reeditando outras nascidas e também desfiguradas. Ampliou artificialmente a área geográfica, com uma tal “Amazônia Legal” e interpretaram a gosto artigos da lei, gerando uma Amazônia de corrupção e enriquecendo muitos e empobrecendo ainda mais a região e o seu povo. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Os “xis” das questões 26.04.24 11h56 Linomar Bahia Acerto de contas 26.04.24 11h48 Linomar Bahia Bode expiatório 26.04.24 11h25 Linomar Bahia Aonde vamos? 12.03.24 16h46