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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Estão faltando eles

Linomar Bahia

Paira sobre o país uma nuvem de incertezas, alimentadas pelas redes sociais, insinuando hipóteses de "golpes", traçando cenários de "contra-golpes" e ainda, aventando possibilidades de ações e soluções para os problemas nacionais. Em meio a essa guerra de (des)informações, também utilizada por contumazes militantes das vaidades e capitalização para ganhos individuais, fica "sua excelência, o povo", sempre lembrado e exaltado, por todos os credos ideológicos, nas panacéias convenientes para as crises reincidentes, mas esquecido, logo que tudo volta a ser como dantes, no "quartel de Abrantes".

Como será o amanhã no país, volta a ser a pergunta, cada vez mais inquietante, nos conflitos funcionais e pessoais em curso. Quando todos falam e nem todos têm razão, as ausências mais sentidas são personalidades moral e culturalmente capazes de estabelecerem "bom senso", "serenidade" e "equilíbrio". A mistura explosiva entre a judicialização da política e a politização da justiça, passou a exacerbar os ânimos, com oportunistas de todas as oportunidades mantendo armados os palanques, que deveriam estar desarmados desde a eleição de 2018, mas continuam utilizados, visando o pleito de 2022.

Quase cinco anos após, as desavenças somente têm esgarçado as relações institucionais, frustrando os anseios do eleitorado, pelo combate à corrupção e a melhoria das condições de vida. Também contrariou a visão histórica, de que os povos sempre extraem experiências de situações adversas. Os vitoriosos não aperfeiçoaram as formas vencedoras, nem os vencidos transformaram as razões da derrota em lições para o futuro, como forma de proporcionar à sociedade conquistas que costumam advir, principalmente, das guerras e revoluções, a exemplo da emblemática "Revolução Francesa".

Há quem defenda a importância das divergências e das guerras, objeto do conceito filosófico de que da discussão nasce a luz. Para Salvador Dali, por exemplo, se o mundo vivesse eternamente em paz, seria até monótono, porque, segundo ele, sem conflitos, continuaríamos presos aos rudimentos da antiguidade. Perdura o clima de campanha eleitoral que antecedeu o pleito de 2018, valendo como maior testemunho a condução e os questionamentos politiqueiros da que seria a "CPI da Pandemia", transformada em plataforma de campanha de oposição ao governo e promoção de próximas candidaturas.

Autoridades e lideranças poderiam se espelhar no exemplo histórico do estadista Winston Churchill. Enquanto os alemães bombardeavam os ingleses, lançava pela BBC de Londres, com os dedos em "V", palavras de calma e confiança na vitória. Em outra guerra, esta econômica, o presidente norte-americano Franklin Roosevelt sublinhou com a sensatez do discurso de posse, anunciando e executando ações para superar a Grande Depressão de 1929. Celebrizou a frase "A única coisa de que devemos ter medo, é do próprio medo", mensagens e autores confiáveis que estão faltando aos brasileiros. 

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