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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Até a última gota

Linomar Bahia

Quando vai acabar e, como as anteriores, cair no esquecimento a pandemia do coronavirus?, pode ser a pergunta para a resposta de bilhões de reais, atrelada em razões e destinos da "CPI da pandemia". Já se falaram em "ondas", anunciam "mutações" e surgem questionamentos sobre a eficácia de vacinas e duração de efeitos. Países, que teriam superado as fases críticas e consequente retorno ao "novo normal", aparecem num retorno às precauções preventivas a supostas ameaças de tudo começar novamente, justificando mais máscaras, mais vacinas, mais materiais higiênicos.

Há exemplos históricos de diferentes e pontuais pragas em todo o mundo, matando milhões de pessoas e dizimando comunidades. Três mil anos antes de Cristo, doenças fatais já se alastravam no Egito antigo, entre elas a varíola, no século V a.C., conhecida como a “grande praga de Atenas”, com atenienses e espartanos se digladiando na “Guerra do Peloponeso”. Os males se multiplicaram nos tempos modernos, vitimando com a tuberculose, peste negra, gripe espanhola, aids e o influenza, considerada a pandemia mais letal da história, ao matar 50 a 100 milhões de pessoas em todo o planeta.

Algumas ocorrências pandêmicas superam guerras, terremotos e vulcões. Chegam a ser intrigantes a frequência e a letalidade, em tempos de grandes avanços tecnológicos e científicos, com viagens a outras galáxias e a cura de doenças, outrora fatais, e ainda surjam e se universalizem epidemias avassaladoras, algumas consideradas extintas, atribuídas a "achômetros" entre outros, aos alimentos geneticamente modificados, uso de agrotóxicos e degradação ambiental, com a propagação propiciada pelas facilidades de transportes e comunicações, que encurtam distâncias e aproximam as pessoas.

Circunstâncias e conveniências, que deixam povos e cientistas entre estupefatos e desconfiados, levam a máxima da ficção policial “A quem interessa o crime, meu caro Watson”, pergunta clássica do personagem Sherlock Holmes ao auxiliar, personagens de criados pelo médico e escritor Conan Doyle, nos romances policiais, publicados dos séculos XIX para o século XX. Questionamento considerado elementar para elucidar as ocorrências fictícias, como forma de chegar rápida e seguramente aos autores intelectuais e possíveis interessados nas empreitadas criminosas investigadas pelo detetive.

Em eventos e situações assemelhados, costumam ser lembrados aforismos, reproduzidos pela sempre oportuna e exemplar sabedoria popular, lembrando que "enquanto uns choram, outros vendem lenços ... ou velas, caixões ... livros de auto-ajuda ... ou madeira para construir marombas, para barrar enchentes e se proteger das intempéries naturais. É a cruel filosofia da vida, refletindo pontualmente a realidade, segundo a qual enquanto você estiver mal, sempre terá alguém se beneficiando com isso, ou, como costumam dizer nos botequins da esquina, "morre cavalo para o bem do urubu ..."

Semelhanças e coincidências de razões e resultados, entre pandemia e CPI, estimulam perguntar quando vão terminar os interesses convenientes e oportunistas, quando o que menos objetivam é conter a pandemia e punir supostos deslizes, ao mesmo tempo em que proporcionam a exposição pública de candidatos ao pleito geral do ano vindouro. Quando cessarem as vendas, secarem as fontes dos desvios e se apagarem os refletores das TVs, aí, sim, acabarão a pandemia e a CPI, sem choro nem velas,  a exemplo das anteriores, até a próxima oportunidade a gosto dos abutres da vida alheia. 

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