Agora, o depois da CPI Linomar Bahia 31.10.21 7h00 Responda, quem puder, que destino terá o calhamaço de 1.288 páginas do relatório oficial da "CPI da pandemia", arrolando 80 pessoas e remota esperança de que tenha alguma consequência prática e benéfica ao país, que justifique os milhões do dinheiro público que falta ao básico, tempo e materiais utilizados? Começou questionada por não cumprir a exigência constitucional do "fato determinado", acusação de parcialidade na composição majoritária por oposicionistas, tumultuadas sessões e encerrada com suposições sem provas, a serem buscadas por tortuoso desdobramento policial-judicial. Até a barulhenta proposta e funcionamento da CPI, era consenso que comissões dessa natureza tinham em comum a peculiariedade de ser sabido como começava, mas ninguém poderia prever como iriam terminar, a exemplo do que já ocorrera anteriormente com dezenas delas, instauradas desde a redemocratização, das quais apenas sete tiveram algum desfecho objetivo e repercussão positiva para o país. Outras quase três dezenas, somente consumiram recursos públicos, quase mendigados pelos brasileiros, apenas atendendo à promoção dos participantes e chegarem ao fim que ninguém sabe nem vê. Essa CPI superou as expectativas, como a primeira que mal se sabia como começava, mas se sabia que não chegaria a lugar algum, evidenciando apenas intenções de responsabilizar o governo pelas mortes na pandemia e possíveis atos de corrupção, na aquisição de equipamentos e medicamentos para a covid. Ao mesmo tempo, rejeitavam propostas de envolvimento de correligionários e promoviam a exaltação ideológica e suas candidaturas nos estados dos integrantes, acentuados na exclusividade da abordagem somente dos fatos e depoimentos adequados aos interesses dos respectivos grupos. Emissoras exibiram as cenas de que os fins justificam os meios, nos estímulos aos depoimentos favoráveis e na distorção de pronunciamentos e constrangimento de depoentes contrários, inclusive abandonando sessões. A tendenciosidade também se revelava na rejeição tácita, pela maioria oposicionista, das propostas contrárias aos seus interesses, como as negativas em investigar governantes acusados do desvio dos bilhões federais para combate à pandemia, consignados nos também rejeitados relatórios paralelos e omitidos no relatório final, que os governistas acusavam estar em gestação desde antes. Enquanto se contabilizam "prós" e "contras" da CPI, especialistas em procedimentos investigatórios se perguntam o que vai acontecer, inclusive nada, pela impropriedade das acusações, prerrogativas de arrolados e diversificação dos fatos e personagens. Como a montanha nem o rato pariu, restam lamentar o tempo desperdiçado e o rico dinheirinho consumido, principalmente os mais de um milhão e setecentos mil reais gastos pelos 18 senadores, quesito em que o presidente Omar Aziz, o vice Randolfo Rodrigues e os oposicionistas Eduardo Braga e Humberto Costa estão entre os cinco primeiros que mais gastaram. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Aonde vamos? 12.03.24 16h46 Linomar Bahia Juízo final 21.02.24 12h56 Linomar Bahia Estão faltando “Eles” 21.02.24 12h53 Linomar Bahia Desvios de rumos 26.01.24 12h42