Um grito de alerta, enquanto é tempo Carlos Ferreira 26.05.24 6h00 Como fica o futebol, na sua elevada intensidade, diante das previsões de calor crescente para o verão amazônico que está chegando? A questão faz muito mais sentido depois da morte do jovem Afonso Rossa, gaúcho, atleta sub-20 do Águia, de infarto, há uma semana. As competições regionais têm jogos de categorias de base e femininos às 10 e 15 horas, horários de temperatura mais crítica, geralmente sem estrutura de socorro médico. O caos engatilhado! O calorzão agrava o perigo também no futebol profissional, cada dia mais acelerado e mais desgastante. Esta coluna se antecipa aos fatos e, enquanto é tempo, lança seu grito de alerta. Afinal, não há sinal de qualquer preocupação com os ricos iminentes do calorzão que vem por aí. Futebol sem bolha Não dá para dissociar o futebol da ciência, da tecnologia, das leis, da saúde, da cidadania... Muito menos das questões climáticas que estão apavorando o mundo, menos ainda aqui na Amazônia, às vésperas da COP 30, evento da ONU programado para novembro de 2025 em Belém. O que mais importa agora é a percepção de que o futebol não está isolado numa bolha, não pode ignorar a realidade em que está inserido. O calorzão está vindo com riscos que podem ser minimizados com providências pontuais. Ação ou omissão, agora, pode separar responsáveis de irresponsáveis mais tarde. BAIXINHAS * Falar em calorzão nos clubes é despertar para a elevação das vendas de cerveja e água mineral, a preços abusivos. A FPF não dá o menor sinal de incômodo, nem de compromisso (medidas práticas) com a pauta ambiental. * Esforço físico extra em temperatura elevada, numa região quente e úmida, implica em suor excessivo, maior perda de energia e sobrecarga para o sistema cardíaco. Essas ligações são óbvias demais para serem ignoradas ou tratadas com descaso. * A maioria dos clubes não pode bancar os custos de uma bateria apropriada de exames cardiológicos para seus atletas. Dá para imaginar os jeitinhos? Isso tudo é muito sério e vai se agravar com a elevação de temperatura do verão inclemente que já vai começar. * Belém já está recebendo eventos preliminares da COP 30. Falta um ano e meio para o evento principal, mas clubes e federações da Amazônia seguem surdos, mudos, inertes, como se o futebol funcionasse numa bolha. Zero de contribuição! * Essa inércia denuncia cegueira. O mundo está se voltando para Belém. Remo e Paysandu são dois grandes protagonistas da Amazônia. Poderiam, ou melhor, deveriam estar acesos, juntos, com ações relevantes, preparando seu painel para se mostrarem às lideranças mundiais, especialmente a investidores, como gigantes engajados. * Que importância tem a saúde dos atletas? O que é o bolso do torcedor? O que é o aquecimento global? Que importância tem a Conferência Mundial do Clima em Belém? Ou será que só têm atenção para as tantas e dispendiosas contratações e dispensas? * Deve ser mesmo alarmismo nosso. Pensando bem, essas questões ambientais e esses riscos à saúde são distantes. Mais de um palmo além do nariz. Não cabem na bolha. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave carlos ferreira carlosferreira colunas coluna futebol paraense futebol clube do remo remo paysandu Paysandu esportes COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Noite de alta voltagem na Curuzu 01.07.25 10h16 Carlos Ferreira Marcelo Rangel, o goleiro mais acionado da Série B 27.06.25 10h08 Carlos Ferreira Papão muda o giro da roda 24.06.25 9h49 Carlos Ferreira Quais devem ser as consequências do Re-Pa? 20.06.25 10h26