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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Qual é a dimensão da rivalidade do Re-Pa?

Carlos Ferreira
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Re-Pa, a dimensão dessa rivalidade

Nós da imprensa esportiva temos o  clássico regional como principal produto e o tratamos como quem doura a pílula. É assim para nós paraenses com o Re-Pa como é para os baianos com o Ba-Vi, para os gaúchos com o Gre-Nal... Nos enchemos de argumentos e estratégias para promover a festa. No caso do Re-Pa, porém, frequentemente ouvimos depoimentos comparativos de profissionais que viveram outros grandes clássicos, e são unânimes em destacar que a rivalidade no clássico paraense é a mais intensa e mais apimentada que conhecem.

A dimensão da rivalidade Remo x Paysandu pode ser medida pelo volume do público no estádio e na audiência das transmissões de TV e Rádio, como também pelas consequências: inferno para quem perde e paraíso para quem vença, mesmo que o jogo não decida nada, como o de hoje. Vale lembrar que, em 2016, uma pesquisa com 297 jornalistas esportivos de todo o país (11 de cada estado e DF) apontou o Re-Pa como oitavo maior clássico do Brasil, acima de Athletico/PR x Coritiba, Sport x Santa Cruz, Ceará x Fortaleza, acima de todos os clássicos paulistas que envolvem os Santos e de todos os cariocas que envolvem o Botafogo.
     

Tabu: Papão a seis Re-Pas do seu recorde

De janeiro a dezembro de 1970, o Paysandu construiu a sua maior série de Re-Pas sem perder: 13 jogos, conforme dados do pesquisador Ferreira da Costa.  Agora o clube bicolor está numa sequência de sete clássicos sem perder para o maior rival. Portanto, faltando seis para igualar o próprio recorde. O desafio está valendo no jogão de hoje.

O Remo tem dois tabus mais expressivos na história do Re-Pa: 24 jogos na década de 70 e 33 na década de 90.
 

BAIXINHAS

* Uma divergência com explicação nas estatísticas do Re-Pa. O jornalista e pesquisador Ferreira da Costa acusa 752 jogos na história do clássico, com 261 vitórias do Leão, 236 do Papão e 255 empates. Leão com 25 vitórias a mais.

* Olando Ruffeil, professor de estatística e também memorialista, acusa 745 jogos, sete a menos. 259 vitórias do Remo, 224 do Paysandu e 259 empates. Leão com 35 vitórias a mais.

* O ponto de divergência está nos casos de W x O, quando só uma equipe comparece ao campo. Ferreira contabiliza, considerando que há súmulas e que renderam pontuação nas competições. Ruffeil não computa por considerar que os jogos não ocorreram.

* Ruffeil computa um Re-Pa do campeonato de 1983, que o Remo venceu por 1 x 0, gol de Rui Curuçá, embora a Justiça Desportiva tenha anulado o jogo. Quem tem razão? Deixo a questão para o julgamento de cada leitor, como também nos casos de W x O.

* Estatísticas à parte, hoje o que vale é a rivalidade, grande motor dessa história centenária, cheia de heróis e vilões. Mais um clássico e novos personagens, no melhor "quem é quem" da Amazônia.

* É inegável a melhor cotação do Paysandu. Tem o time mais encorpado e melhor preparado. Porém, nada que o faça favorito. O Leão vai de superação na atenção, no esforço e no esmero para compensar as deficiências. Isso significa muito num Re-Pa. Jogo aberto a todas as possibilidades, principalmente se a tarde for de chuva.

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Carlos Ferreira
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