Parazão 2020: um debate sem perspectiva de consenso

A radicalização de posições tira a perspectiva de consenso entre os clubes na questão do campeonato estadual de 2020. Assim mesmo, é importante que debatam as questões e defendam os seus argumentos. Hoje à tarde, clubes e FPF entram novamente em conexão por videoconferência. Desta vez, além de propostas, também vai ser apresentada a resposta dos patrocinadores à consulta feita pela FPF. O Banpará cobra a conclusão do campeonato e a Funtelpa expressa o mesmo interesse.

O estado de tensão e o radicalismo na defesa dos interesses clubísticos, em detrimento do bem comum, devem esfriar à medida que pesarem os interesses de quem banca o campeonato: os patrocinadores e o público. Chegará o momento da convergência! Até lá, haja bafafá..!   

Por que esse título estadual significa tanto?

Para os coadjuvantes o que mais importa é o acesso às competições da CBF. Para os protagonistas Remo e Paysandu, o título da temporada. Para o Leão, que tem 46 títulos do Parazão, é a oportunidade de se igualar ao rival, que tem 47. Para o Papão, questão de honra. Afinal, o clube não faz uma festa de campeão há dois anos, desde a Copa Verde de 2018.

O Remo está numa incômoda série de oito clássicos sem vencer o grande rival. Isso gera uma pressão! Para o Paysandu a pressão por título. Os dois presidentes encerram gestão este ano. Isso tudo contribui para a “guerra de foices” nos bastidores, como se não bastasse a falta de habilidade e de liderança da FPF na condução desse processo. O fato é que há mais incendiários do que bombeiros em torno dessa fogueira.

BAIXINHAS

* Jogos com portões fechados até a conclusão do campeonato, tão logo as autoridades de saúde permitam. Campeonato concluído somente no final do ano. Essas e outras proposições serão apresentadas hoje na reunião virtual dos clubes do Parazão. 

* Carlos André, advogado do lateral Roni, garante que o atleta está desvinculado do Remo e até apresenta página virtual da CBF onde está registrada a rescisão. Diz ainda que Roni assinou pré-contrato com o São Caetano/SP, para firmar o vínculo após a pandemia do coronavírus. 

* Pietro Alves, advogado do Remo, lembra que há um recurso contra a liberação do atleta. O Caso Roni começou em outubro, quando Roni se destacou na Copa Verde,  tinha salários atrasados desde 2018 e acionou a Justiça do Trabalho pleiteando a rescisão do contrato e todos os direitos trabalhistas. 

* "Jogo da Vida", um produto da história do Paysandu. O clube espera faturar com a venda de ingressos virtuais (7 reais) de uma live em que vai explorar imagens da vitória sobre o Cruzeiro (4 x 3) na decisão da Copa dos Campeões. Será amanhã, 14 horas. 

* O Remo coloca à venda kits de máscaras com a marca do clube, para uso nesse período de pandemia. Pacote de ingressos para jogos futuros e camisas de uma nova série também serão lançados pelo Leão como forma de se capitalizar mesmo sem jogar.