O futebol como visão estratégica e a função de um executivo em um clube Carlos Ferreira 09.06.19 8h00 Felipe Albuquerque, executivo de futebol do Paysandu, é alvo de críticas da torcida (Jorge Luiz / Paysandu) Qual é a decisão mais estratégia no futebol? Até o início dos anos 2000, nenhuma decisão era mais determinante para sucesso ou fracasso no futebol do que a contratação do técnico. É o desafio era encontrar alguém tão honesto quanto competente. Por quê? Imperava no mercado a promiscuidade entre técnicos e empresários. Em alguns casos, cartolas também! Funcionava assim: o empresário empregava o técnico, que priorizava a contratação dos atletas do seu empresário. O clube pagava essa conta, geralmente com pífios resultados. Isso foi recorrente e muito impactante no Remo, no Paysandu e em quase todos os clubes do país por décadas. Sérgio Papelim foi o primeiro no futebol do Pará, em 2007, no Remo. Depois dele, pelo menos outros dez trabalharam na dupla Re-Pa. Os atuais são o catarinense Luciano Mancha no Leão e o goiano Felipe Albuquerque no Papão. Executivo, a nova função determinante O ambiente de insegurança para os clubes abriu espaço para o profissional de mercado, o executivo de futebol, nova função para extrema confiança. Na prática, o executivo tão honesto quanto competente tornou-se a nova "agulha no palheiro", determinante para sucesso ou fracasso. Se o clube acerta na contratação do executivo de futebol, a tendência é acertar nas demais (técnico, jogadores...) e ter um gerenciamento profissional do futebol. Trabalho fadado ao sucesso! Se o clube contrata um executivo inconfiável e inábil, a tendência é ter contratações equivocadas e o futebol mal administrado. Trabalho fadado ao fracasso! BAIXINHAS * Nas contratações de Luciano Mancha, o Remo só teve êxito com Rafael Jensen, Fredson, Marcão, Gustavo Ramos, Alex Sandro e agora Ronael. Aproveitamento em torno de 40%. Foi nas contratações apontadas pelo técnico Márcio Fernandes que o Leão tornou-se competitivo e vitorioso. * No Papão, dos contratados de Felipe Albuquerque somente Nícolas pode ser considerado um sucesso. O clube apostou nos apontados por Léo Condé para a Série C e vem tendo respostas ainda piores. Agora está sem fôlego financeiro para investir nas soluções (?) de Hélio dos Anjos. * As incumbências do executivo de futebol vão muito além de prospeção e negociação de compra, venda e empréstimos de atletas. Cabe a esse profissional liderar todos do futebol (profissional e base), elaborar orçamentos, coordenador as atividades, avaliar relatórios, coordenar programas de treinamentos e muito mais. Enfim, o cargo não pode ser para qualquer um. * Os executivos em nível de Série A têm salários entre R$ 60 mil a 200 mil. Alguns dos tops no Brasil: Alexandre Matos, Rodrigo Caetano, Edu Gaspar, Felipe Ximenes, Gustavo de Oliveira e Eduardo Maluf. Edu Gaspar, que está a serviço da Seleção Brasileira, vai transferir-se para o Arsenal (Inglaterra) após a Copa América. * Ter informações sobre as atribuições do executivo de futebol é fundamental para cobrar dele os resultados e por ele as condições de trabalho. Os atuais, de Papão e Leão, no entanto, parecem mais focados em represar informações do setor que comandam. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes colunas carlos ferreira COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Por que o Papão tem cotação acima do Botafogo-SP? 26.04.24 6h00 Carlos Ferreira Arbitragem desonesta: casos que envolveram Leão e Papão 25.04.24 6h00 Carlos Ferreira Papão, 80 dias em impedimento 24.04.24 6h00 Carlos Ferreira Leão em agruras e desafios 23.04.24 6h00