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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

O duelo particular entre Remo e Paysandu nas galerias de troféus

Carlos Ferreira

Leão x Papão: quem vai empatar com quem?

Nas estatísticas do Parazão, o Paysandu tem 47 e o Remo 46 títulos. Na totalização geral de títulos, de todas as competições, que os próprios clubes reconhecem, o Leão tem 57 e o Papão 56. Então, se um dos dois conquistar o Parazão 2020, estará estabelecido o empate numa das duas estatísticas. Quem vai empatar com quem? Ou será que os dois rivais vão assistir uma festa do interior?

Embora o maior objetivo de ambos seja o acesso à Série B, o título estadual tem importância estratégica, inclusive por motivo político. Será importante por dar autoridade ao campeão para a campanha na Serie C, e também pelo peso em campanha eleitoral. Afinal, novembro será mês de eleições na dupla Re-Pa. Portanto, haverá mais interesses em jogo do que o simples futebol.

 

O Leão depois do "up grade"

Mazola Júnior usou a expressão "up grade" para definir a entrada das novas peças na defesa, no meio de campo e no ataque do time azulino. Pois bem! Hoje, a partida contra o Águia vai permitir impressões desse novo Remo, que promete ser mais competitivo.

O Águia, bem fechado, com linha de cinco homens na zaga, vai testar bem o repertório ofensivo do Leão. Zé Carlos está mesmo em condições de ser uma solução no ataque? Essas é uma das questões centrais para esta nova fase do time azulino, que, conforme os treinamentos, ganha nova postura, com mais posse de bola e busca incessante pelo gol. Enfim, vejamos....

 

BAIXINHAS

* Baenão no mês do aniversário. O estádio azulino completa 103 anos no próximo dia 15, com grandes eventos na história. Hoje não haverá público, mas capacidade atual está em 13.792 lugares, dentro dos critérios de segurança estabelecidos por lei.

* Na década de 1970, quando não havia controle do poder público, o Baenão chegou a receber até 33.487 torcedores, num Re-Pa do campeonato brasileiro. Esses números indicam o imenso risco da superlotação de estádios em Belém nos anos 70, como no Re-Pa da estreia do bicolor Darío, com mais de 60 mil pessoas no Mangueirão.

* Com a segurança nos estádios também avançou a civilidade do público, de tal forma que futebol em Belém já chega a ser programa de família. Faltam avanços mais significativos no controle sobre "torcidas organizadas" para banir os grupos violentos que ainda se enfrentam nas ruas.

* Essa preocupação está projetada no que virá nos Re-Pas do Baenão e Curuzu, enquanto o Mangueirão estiver em obras, até julho de 2022. Felizmente, os clubes se convenceram das suas obrigações nos eventos, depois de uma longa e estúpida resistência ao Estatuto do Torcedor.

* Nunca será demais citar o advento do Juizado do Torcedor, com punição imediata aos infratores, ainda no estádio, como marco das transformações. Se o futebol é mesmo reflexo da sociedade, eis uma prova de que a negação da impunidade produz civilidade. 

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Carlos Ferreira
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