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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Matheus Davó, cartada técnica, financeira e moral do Leão

Carlos Ferreira
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Ao comprar 60% dos direitos econômicos de Matheus Davó junto ao Cruzeiro, o Remo dá uma cartada técnica, no sentido de reforçar o time, e financeira, na perspectiva de venda e lucro. Não deixa de ser também uma cartada moral, pela mensagem que isso passa ao mercado sobre a afirmação do clube em seus projetos.

Com 25 anos, o atacante, que vem do Mirassol, vive uma fase de transição na carreira. É dar certo no Remo e decolar, ou não emplacar e ficar marcando passo. Mas Matheus Davó tem potencial e características (movimentação) para se encaixar facilmente no time de Daniel Paulista, dependendo também do seu nível de compromisso e de ambição profissional. Tudo para ser uma ótima contratação!

Papão em circunstâncias únicas

Um paralelo entre o drama que o Paysandu vive hoje na Série B e o que viveu em 2023 na Série C: como agora, o time bicolor se arrastava em campo. A causa era a insuficiência de treinamentos. Hélio dos Anjos assumiu com uma frase emblemática: "Vai ter que sagrar...". Era um recado para os atletas sobre o trabalho muito forte a partir dali. O mesmo time, que já brigava contra o rebaixamento, subiu para a Série B. Mas agora, no time de Luizinho Lopes, a causa é inversa: desgaste por excesso de esforço físico.

O grupo atual começa a ter o devido repouso para recuperação de força e resistência. Mas também precisa de recuperação mental, e a questão psicológica é de autoconfiança urgente para o jogo da segunda-feira, contra o Criciúma, confirmado ontem para a Curuzu. Um jogo que, desde já, se desenha tenso pelos efeitos que irá produzir, para o bem ou para o mal.

BAIXINHAS

  • O Remo da Série C 2024 teve sua fase crítica nas primeiras rodadas por questão física, devido a treinamentos em baixa intensidade. Rodrigo Santana corrigiu, e o time decolou. Também em 2022 o fator físico foi um problema no Leão Azul, mas por causa de farras: jogadores irresponsáveis e falta de comando.
  • Quando não é o fator físico, por diversas causas, é a soberba que derruba os nossos times. Por trás de tudo isso, está a falta de uma cultura profissional no ambiente de trabalho. O Remo, vivendo uma das suas melhores fases no futebol, está desafiado a manter-se nos trilhos. E a solução é profissionalismo absoluto.
  • Lucas Crispim, meia-atacante de 30 anos, titular do Fortaleza por três temporadas, está de saída da Tailândia, onde marcou 9 gols e deu 8 assistências em 41 jogos pelo Buriram United. É um nome possível no Remo. Também foram alvos do Leão nos últimos dias os atacantes Pedrinho (Cuiabá) e Paulinho Bóia (Nacional de Portugal).
  • Paulinho Bóia, 26 anos, também é alvo do Paysandu, onde teve destaque no ano passado, com três gols e duas assistências em 18 jogos na Série B. Ele foi titular do Nacional no campeonato português, mas marcou apenas um gol e deu uma assistência em 15 jogos.
  • Keffel: o pior negócio dos últimos tempos no futebol paraense. O Paysandu investiu mais de R$ 300 mil na compra de 50% dos direitos econômicos do lateral-esquerdo do Torrense. Em campo, ele foi uma lástima: "jogou" apenas 45 minutos, contra o Santos, na Série B 2024. Hoje, o Papão tem uma dívida acima de R$ 1 milhão por esse péssimo negócio e está sob ameaça de transferban, ou seja, punição da FIFA com bloqueio de registro de novos atletas. Um horror!
  • Matheus Alvarenga de Oliveira virou "Davó" por causa dos vários xarás que tinha na escolinha onde começou. Como sua avó o levava diariamente aos treinos, ele foi distinguido no grupo como Matheus "Davó". O apelido não apenas pegou, como foi recebido com grande carinho pelo atleta.
  • Apesar da necessidade maior de repouso, o Paysandu, que estava em viagem e jogou no domingo, já voltou às atividades ontem à tarde – provavelmente para evitar críticas veementes. O Remo, com crédito e sem tanto desgaste, deu dois dias completos de repouso: jogou no sábado e só reativou os treinos ontem. Isso é fundamental para a recuperação dos atletas.
  • Rossi está funcionando nos bastidores do Paysandu como auxiliar do executivo Carlos Frontini nos contatos para contratações. Como torcedor bicolor que é, o atacante está propondo nomes e usando o prestígio em tentativas de convencer atletas a virem para o Papão.
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Carlos Ferreira
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