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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Derrota dolorosa, quando tudo parecia ajudar

Carlos Ferreira

A rodada parecia desenhada para o Papão sair da zona do rebaixamento. Uma vitória e o time bicolor sairia da faixa vermelha, mas foi o Vila Nova que faturou os três pontos (1 x 0) e com gol de João Vieira, jogador que brilhou no Paysandu em três temporadas. Derrota dolorosa! 

O Papão jogou com a vibração e bravura de sempre, mas o adversário foi mais organizado. Ao tomar o gol, o time bicolor se deixou levar pela ansiedade e ampliou os erros. A noite foi amarga, com quebra de invencibilidade e a permanência na penúltima posição. Domingo, 16 horas, a próxima jornada, em Chapecó, contra a Chapecoense. 

Leão, vencedor que não empolga

Convenhamos, o Remo faz ótima campanha na Série B. Tem 33 pontos (52,3% de aproveitamento), tem o principal artilheiro do campeonato, lidera o ranking de público, mas não empolga a torcida por não transmitir confiança. O time e o técnico Antônio Oliveira estão sob permanente cobrança.

O desconforto dos azulinos tem um lado muito positivo. Não dá espaço para ilusões e menor soberba. Sábado, por exemplo, o Mangueirão estará lotado para o jogo contra o Botafogo. A perspectiva de volta ao G4 e a inconfiabilidade do time azulino dão a certeza de mobilização absoluta pela vitória. Leão na plenitude! Tudo pelos três pontos, de preferência com atuação convincente.

BAIXINHAS

  • * As transições confusas, as precipitações nas ações defensivas, os erros de passes, erros de posicionamento... Pecados que o Remo repetiu em Belo Horizonte, mas compensou com bravura na vitória sobre o América Mineiro. Antônio Oliveira deve ter essa mesma leitura e a consciência de que precisa ajustar o time para engatar uma sequência de vitórias. 
  • * Pelas peças que tem, o Remo é o time com maior margem de crescimento no bloco de cima, desde que o time vire uma engrenagem. As cobranças são justamente porque o time tem potencial para bem mais do que está rendendo. Antônio Oliveira já tem quase dois meses de trabalho e oito jogos no Leão.
  • * Pelo que o argentino Cristian Ortiz produziu no sábado, no terceiro jogo dele pelo América Mineiro, o Remo não perdeu na decisão dele de não fechar com o clube paraense. Foi figura discreta. Já o estreante azulino Nico Ferreira, também discreto, teve a virtude da aplicação tática. 
  • * Pior negócio no século no futebol paraense. O Paysandu comprou 50% dos direitos sobre o lateral Keffel, por 155 mil euros. Só pagou metade (R$ 440 mil) e segue devendo o mesmo valor. Denunciado à FIFA pelo Torreense/Portugal, está punido, impedido de registrar novos atletas. 
  • * O Papão festeja o fato de ter feito um acordo para rescisão do contrato de Keffel, que jogou apenas 45 minutos e teve desempenho trágico. Pra ir jogar no Azerbaijão, o atleta abriu mão do que ainda teria a receber, mas deixou o Transfer Ban, que o clube bicolor não sabe como pagar. 
  • * Kayky Almeida, 21 anos, chegou ao Remo com passagem pelo Watford (Inglaterra) e seleções brasileiras de base, fruto da aplaudida escola do Fluminense. Assim mesmo, sentiu o "peso" da camisa azulina, cometeu erros grosseiros e está sob a ira da torcida. Por sua vez, Thalisson chegou ao Papão sem rodagem internacional e foi jogado “no fogo” (sem tempo de adaptação), aos 23 anos. Teve admirável personalidade para emplacar. 
  • * Independente de fracasso ou sucesso imediato, os dois simbolizam para o mercado paraense esta era mercadológica do futebol. Thalisson está cedido ao Papão para se desenvolver e se projetar, mas tem multa rescisória de 60 milhões de euros no Coritiba, vinculado até o fim de 2027. 
  • * Kayky Almeida tem multa rescisória de 50 milhões de euros no Fluminense, que serve-se da vitrine do Remo em empréstimo gratuito. Dar “rodagem”, ou "minutagem", faz parte da visão atual dos grandes clubes para frutos da base. 
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Carlos Ferreira
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