CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Claudinei e suas credenciais para a missão

Carlos Ferreira
fonte

Nos 12 anos de carreira como técnico, Claudinei Oliveira trabalhou em 13 clubes, nas Séries A, B e C. Já enfrentou desafios do tipo que terá no Papão e chega com boas credenciais para a missão de conduzir uma operação de salvação do clube bicolor.

Claudinei troca a fase gloriosa do Londrina na Série C pela fase extremamente desafiadora do Paysandu na Série B. Para dizer "sim", seguramente levou em conta o fato de ter 28 rodadas pela frente e um grupo de atletas comprometidos com a causa do clube, embora prejudicados por fatores físicos. Assim, já transmite coragem aos novos comandados. Em avaliação preliminar, uma boa contratação.

Remo é o segundo em disciplina na Série B

Remo, CRB, Volta Redonda e Chapecoense são os únicos times que não tiveram cartão vermelho nas 10 primeiras rodadas da Série B. O time mais disciplinado é a Chapecoense, com 16 cartões amarelos. O Remo é o segundo, com 20. O Paysandu está em 15° lugar nesse ranking, com 22 cartões amarelos e um vermelho.

São vários os fatores que tornam um time mais disciplinado — ou mais indisciplinado. O Remo se destaca pela disciplina por estar organizado taticamente, com bom rendimento físico e em bom estado emocional. No futebol, em time de massa, é muito assim: virtudes chamam virtudes (ciclo virtuoso), tal como mazelas chamam mazelas (ciclo vicioso). A disciplina é um termômetro da boa fase azulina, construída desde o bom planejamento para a temporada.

BAIXINHAS

  • Daniel Paulista já havia dito "não" ao Juventude e volta a ser alvo de clube em drama na Série A, desta vez o Sport Recife, onde foi vitorioso como atleta e lançado como técnico. São investidas que provam o valor do comandante azulino.
  • Ultimamente, a pior notícia no Paysandu tem sido a próxima. Benjamin Borasi, com oito jogos na Série B, não viajou a Cuiabá para não estourar o limite e não ficar impedido de jogar nesta Série B por outro clube, que poderia ser o CRB. Como surpresas, viajaram o meia Wendel Júnior, ex-Itabaiana (Série C), contratado em sigilo, e o atacante Petterson, ex-Juventude, além do volante Ronaldo Henrique.
  • Claudinei foi goleiro do Remo em 1999/2000 e da Tuna em 2001. Ganhou mercado como técnico numa crise do Santos, em 2013. Era técnico da base santista, foi chamado para o profissional numa emergência e deu muito certo, a ponto de seguir no cargo por 40 jogos.
  • O pai tendo um filho como auxiliar técnico: o fato se repete em Belém com Claudinei Oliveira, que traz junto para o Paysandu o filho Felipe Oliveira, de 23 anos. Na Curuzu e no Baenão já vimos dobradinhas assim com Edson Gaúcho/Edson Júnior, Sinomar Naves/Sinomar Júnior, Walter Lima/Matheus Lima, Hélio dos Anjos/Guilherme dos Anjos, Márcio Fernandes/Marcinho Fernandes, Marcelo Cabo/Gabriel Cabo.
  • Pais justificam a parceria dos filhos em comissões técnicas de futebol pelo fator confiança. Mas é também uma abertura forçada de espaço e um ganho no uso de tecnologias fundamentais no trabalho. Ou seja, o favorecimento não elimina o mérito.
  • O Remo vai aumentar o fôlego financeiro com a chegada de novo patrocinador master, num contrato bem vantajoso — reflexo da crescente visibilidade do clube. Trata-se de uma bet. Além disso, e das contas organizadas, o clube festeja o fato de estar chegando a oito mil sócios-torcedores adimplentes, num crescimento diário.
  • Além do zagueiro Thiago Heleno, outros seis jogadores devem ser anunciados pelo Paysandu na atual janela de transferências, para todos os setores do time. É a cartada para reação e novo ciclo na Série B. Em Cuiabá, amanhã, o Papão será uma colcha de retalhos pelos arranjos para montar um time, no trabalho liderado pelo interino Sandro Forner. Claudinei Oliveira junta-se ao grupo na capital mato-grossense.
  • Sandro Forner, o auxiliar técnico que comandou os trabalhos da semana no Paysandu, é um paulista de 54 anos que teve carreira de atleta como zagueiro. Desde 2007, ele trabalha nas funções de auxiliar técnico e técnico de base em clubes paranaenses e paulistas. Veio do Operário Ferroviário-PR para o Papão em setembro de 2024.
Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Carlos Ferreira
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA