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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Cérebro e talento: onde estão os meias nascidos do futebol paraense?

Carlos Ferreira
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Fase negativa para os meias mais talentosos do Pará 

Como você escalaria o meio de campo da seleção deste Parazão? Eu escalei três volantes (Uchôa e Serginho do Paysandu e Marcos do Castanhal) e completei com Vinícius Leite, que tem feito função de meia no Paysandu. Ficaram fora meias especialistas, reconhecidamente talentosos:
Eduardo Ramos e Douglas Packer (Remo), Alex Maranhão (Paysandu), Wiliam Fazendinha (Castanhal), todos com produtividade abaixo do potencial por déficit nas condições físicas. 

Se em fase de treinamentos normais, esses jogadores não vinham atingindo o nível físico ideal, como estariam neste período de trabalho em distanciamento social? Como vão reaparecer na reativação do nosso futebol? A favor deles, a esperada baixa na intensidade da marcação na retomada do futebol. 

 

Os últimos meias que fizeram sucesso no futebol paraense 

Nas duas primeiras décadas deste século, Velber, Jobson, Iarley, Lecheva, Gian, Rogério Belém, Alex Oliveira, Magno, Marcinho, Bismark foram meias que tiveram sucesso contínuo no futebol do Pará. E com oscilações, Eduardo Ramos, Tiago Luís e Fabrício. 

Destaque à parte para Gian, um meia clássico cujo talento serviu ao Remo, ao Paysandu, ao Independente e ao Castanhal, de 2003 a 2012. Alex Oliveira e Magno foram outros meias clássicos. Os demais citados foram meias-atacantes, igualmente valorosos, que jogaram no seu ápice, ao contrário dos melhores meias atuais citados no primeiro comentário: Eduardo Ramos, Douglas Packer, Alex Maranhão e Wiliam Fazendinha.

 

BAIXINHAS 

* Lucas Dantas, o Lukinha, herdou o talento de Gian. Ele e o atacante Thiago são atletas do Castanhal, onde o pai trabalha como técnico de base. Lukinha, meia, 18 anos, ainda não é titular, até porque precisa desenvolver a sua dinâmica de jogo, mas é visto pelo técnico Artur Oliveira como um craque. 

* Fruto do Paysandu, o paraense Giovanni Augusto foi vendido ao Atlético Mineiro ao se destacar na Copa São Paulo. É um meia de força e de talento, que poderia estar num patamar mais elevado, mas não deixou de construir bom currículo, com as camisas do Corinthians, do Goiás, do Vasco. Ele acabou de renovar contrato com o Coritiba. 

* Paulo Henrique Ganso, outro meia paraense acima da média, fruto da base do Papão, conseguiu chegar à Seleção Brasileira mesmo sem intensidade de jogo. Caiu de cotação ano a ano, mas segue bem empregado, no Fluminense. 

* Se Giovanni Augusto e Paulo Henrique Ganso já têm história construída, outro fruto do Paysandu, Vitor Diniz, 18 anos, está nos primeiros passos. Vitinho, meia habilidoso, já passou pelo Palmeiras e está no Bahia, cedido pelo Papão em parceria nos direitos econômicos. 

* Conversando com o colunista sobre a realidade dos meias, tão mais focados em marcação do que em construção de jogadas, o ex-jogador Marquinhos Belém, agora comentarista, atribuiu culpa aos técnicos. "Desde a base, os técnicos exigem muito que o garoto faça marcação, marcação, marcação... O resultado é esse. O desgaste prejudica o talento", observou.

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Carlos Ferreira
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