Viagem no tempo: Inocentado do crime da 113 Sul, em Brasília, afirma que nem sabe mexer no celular
Solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o inocentado encontrou um mundo novo e moderno após 15 anos preso

Após 15 anos preso como um dos envolvidos no caso que ficou conhecido como crime da 113 Sul, Francisco Mairlon Barros Aguiar descreveu estranhamento com a vida fora da cadeia, devido à modernização. "Tá sendo tudo novo para mim. Eu era do Orkut, MSN. Sei nem mexer no celular", declarou em coletiva nesta quarta-feira (15). Ele era considerado um dos executores do triplo homicídio da 113 Sul, em Brasília, que resultou na morte do ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, sua esposa, Maria Carvalho, e a empregada da família, Francisca Nascimento, no ano de 2009.
Mairlon foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anulou sua condenação em decisão unânime e trancou o processo que o incriminava. Sua detenção aconteceu em 2010, quando tinha 22 anos, agora ele volta a liberdade com 37. A decisão foi tomada após um pedido da ONG Innocence Project, organização internacional que se dedica a reparar erros judiciais e que assumiu a defesa do acusado nesse processo.
VEJA MAIS
Crime brutal
O crime chocou o país em 28 de agosto de 2009, quando no sexto andar do bloco C da 113 Sul, quadra nobre de Brasília, foram encontrados os três corpos. No local, residiam José Guilherme Villela e sua esposa, Maria Villela. Junto ao casal, também foi morta a empregada doméstica da família, Francisca Nascimento da Silva, de 58 anos. Os três foram assassinados a facadas. Dólares e joias foram levados.
A primeira suspeita da polícia é de que o crime se tratava de um latrocínio, roubo seguido de morte. Na época, três homens foram condenados pela execução do crime, entre eles, Mairlon, dois seguem presos desde novembro de 2010. Os executores incriminavam a filha do casal, Adriana Villela, como mandante do crime.
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA