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Veja quem é Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, preso em operação em São Paulo

Fundador da Ultrafarma foi preso em operação que investiga esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais em São Paulo

Thaline Silva*
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O empresário Aparecido Sidney de Oliveira, fundador da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso temporariamente nesta terça-feira (12) em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que investiga um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda.

Sidney Oliveira, de 71 anos, foi detido em sua chácara em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Natural de Nova Olímpia, no interior do Paraná, ele cresceu em uma família numerosa e começou a trabalhar ainda criança, aos 9 anos, para ajudar no sustento da casa. Apesar de não ter cursado universidade, foi alfabetizado pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização para Jovens e Adultos, programa inspirado por Paulo Freire.

A Ultrafarma, fundada por Oliveira em 2000, é uma das maiores redes de farmácias do país, pioneira na venda de medicamentos genéricos e reconhecida pelo e-commerce que opera 24 horas. Segundo dados da empresa, são mais de 1 milhão de clientes ativos e um catálogo com mais de 15 mil produtos. A rede também recebeu o Prêmio Top of Mind Internet em 2007, como a primeira marca de farmácia no ambiente digital.

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Operação contra corrupção 

A operação do MP-SP visa desarticular um grupo criminoso que favorecia grandes empresas do setor varejista mediante pagamento de propinas a auditores fiscais estaduais. A investigação aponta que um auditor de alto escalão teria arrecadado cerca de R$ 1 bilhão desde 2021, manipulando processos para facilitar fraudes em créditos tributários. Ele também foi preso na ação.

Além de Sidney Oliveira, foi detido Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop, durante cumprimento de mandado em um apartamento na Zona Norte de São Paulo. A ação inclui ainda mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e sedes das empresas envolvidas.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As diligências seguem em andamento.

Histórico de polêmicas 

A Ultrafarma, embora conhecida por oferecer medicamentos a preços mais acessíveis, já foi alvo de autuações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por propaganda irregular de suplementos e vitaminas. Em 2017, a agência suspendeu comerciais que prometiam efeitos terapêuticos não comprovados, como ação antitumoral e redução da queda de cabelo, alegações consideradas infundadas.

Em 2022, a empresa foi novamente orientada a interromper a veiculação de propagandas com promessas exageradas, incluindo ações diuréticas e combate a doenças cardiovasculares sem comprovação científica. Apesar das advertências e multas, muitos suplementos continuam sendo vendidos no site da Ultrafarma com rótulos que podem induzir o consumidor ao erro.

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia

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