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Vacina totalmente brasileira começa a ser testada em humanos nesta sexta-feira (25)

Imunizantes foram desenvolvidos para gerar uma resposta contra várias partes da molécula do vírus da covid-19

Emilly Melo
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Os estudos clínicos da vacina contra covid-19 SpiN-Tec iniciaram nesta sexta-feira (25), na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG). A primeira dose do imunizante foi aplicada no voluntário pelo secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales

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A SpiN-Tec é a primeira vacina contra a covid-19 desenvolvida com tecnologias, insumos e financiamentos nacionais. O imunizante foi desenvolvido no Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da UFMG em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais (Fiocruz Minas), com investimentos de cerca de R$ 16 milhões do MCTI. 

“Esse é mais um passo relevante do Brasil na direção de ter uma cadeia nacional de produção de imunobiológicos. O Ministério da Ciência e Tecnologia atua como fomentador desse desenvolvimento para que o resultado final dessas pesquisas possa ser revertido em autonomia nacional para a produção própria e atende às necessidades do sistema nacional de saúde”, afirma o ministro Paulo Alvim. 

Estudos

 Até o início dos ensaios clínicos, a SpiN-Tec MCTI UFMG passou por várias e criteriosas fases. Os testes pré-clínicos, realizados em laboratório e em animais, confirmaram a eficácia e a segurança do imunizante. Os resultados foram publicados na revista Nature em agosto deste ano.

As pesquisas para o desenvolvimento da vacina foram iniciadas em novembro de 2020. O antígeno (substância que desencadeia a produção de anticorpos) da SpiN-Tec MCTI UFMG inclui duas proteínas do vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19. Uma é a proteína Spike (S) e a outra é o nucleocapsídeo (N), o que explica o nome SpiN.

 "As vacinas de covid-19 em uso geram respostas de anticorpos neutralizantes. Já a SpiN-Tec MCTI UFMG foi desenvolvida para induzir resposta dos linfócitos-T, ou seja, ela gera uma resposta contra várias partes da molécula do vírus, e não apenas contra um de seus segmentos, como ocorre com as vacinas atuais", explica Ricardo Gazzinelli, coordenador do projeto e do CTVacinas da UFMG, também pesquisador da Fiocruz.

Por essa particularidade, os pesquisadores acreditam que a SpiN-Tec MCTI UFMG seja mais efetiva que as vacinas atualmente disponíveis no Brasil contra variantes do SARS-CoV-2, como a Ômicron e subvariantes. O imunizante também tem alta estabilidade, o que possibilita que seja mantida a 4°C, como outras vacinas, e facilita a distribuição para lugares longínquos.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)

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