Tragédia em Maragogi: família relata perda dos filhos em redemoinho mortal

A notícia do desaparecimento da criança e do adolescente mobilizou bombeiros, pescadores e mergulhadores que iniciaram as buscas. No entanto, os corpos só foram encontrados duas horas após o afogamento

Rayanne Bulhões

Uma terrível tragédia abalou a praia de Peroba, em Maragogi, no estado do Alagoas. Gustavo Bernardo Leal, de 16 anos, e seu irmão Gabriel Bernardo Leal, de apenas 11 anos, perderam as vidas em um afogamento devastador. A tia das crianças, Thiene Tenório, conta emocionada que os sobrinhos foram arrastados por um redemoinho mortal logo após entrarem no mar.

Segundo relatos, a maré estava baixa, com apenas 0,3 metro às 10h, quando a família decidiu aproveitar o dia na praia. A água estava na altura do tornozelo enquanto os três adolescentes, acompanhados pelo pai e um primo de 15 anos, curtiam o litoral alagoano.

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Thiene descreve o momento fatídico: "Eles subiram nas pedras com água no joelho. Foi realmente uma fatalidade. A maré só ficou cheia às 16h50". O acidente ocorreu quando estava retornando e a maré repentinamente os puxou com força. De acordo com Thiene Tenório, o pai e os filhos travaram uma luta desesperada para sobreviver. Juscelino segurou o primo mais forte nas pedras para que pudesse resistir à correnteza, enquanto ele se esforçava para levar o filho mais novo em direção à segurança. Infelizmente, acabaram sendo arrastados pelo redemoinho, perdendo-se de vista.

A notícia do desaparecimento da criança e do adolescente mobilizou bombeiros, pescadores e mergulhadores que iniciaram as buscas. No entanto, os corpos só foram encontrados duas horas após o afogamento.

Resgate dos corpos em Maragogi 

Os corpos de Gustavo e Gabriel abraçados foram localizados a uma profundidade de quase 6 metros. Segundo o comandante da Operação no Interior do Corpo de Bombeiros, coronel Clemens, é possível que o irmão mais novo tenha se agarrado ao mais velho em um ato de desespero, buscando apoio na tentativa de sobreviver na água.

Clemens também destacou a dificuldade que as crianças enfrentam nessas situações, pois não possuem o treinamento e o discernimento dos profissionais para com a pressão e a tensão do afogamento lidar. Ele explicou que, quando alguém se agarra a outra pessoa em situações de pânico, é difícil se soltar, o que pode levar à perda de ambas as vidas.

Juscelino, o pai, e o primo das vítimas foram resgatados com o socorro de uma aeronave e uma moto aquática, apresentando estado de choque. Gustavo e Gabriel eram sergipanos, mas residiam em São Paulo. O sepultamento das vítimas aconteceu em Tomar do Geru (SE) e foi marcado por forte comoção entre parentes e amigos.

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