'Serão necessários mais de R$ 17 bilhões para reconstruir Rio Grande do Sul', diz governador
O valor acabou subindo após o término dos cálculos das equipes técnicas
Na manhã desta quinta-feira (9), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou, em uma entrevista que será necessário pelo menos R$ 19 bilhões para que o estado possa ser reconstruído após os últimos episódios que afetaram o local.
“Já chegamos aqui a R$ 17 bilhões a estimativa inicial de impacto que vamos precisar para fazer reconstrução de moradias, refazer pontes, escolas, hospitais, postos de saúde, áreas públicas que vão ter que ser restabelecidas, colocar força total em apoio às famílias atingidas”, disse o governador Eduardo Leite.
O valor que se iniciou em R$ 17 bilhões foi subindo conforme foi se aproximando o término da análise feita pela equipe técnica do estado. O governador também falou que será necessário que os recursos sejam distribuídos para diversas áreas e que o dano que as enchentes causaram são completamente assustadores em diversos pontos do estado.
“São necessários recursos para diversas áreas. Insisto: o efeito das enchentes e a extensão da tragédia são devastadores. Nas próximas horas, vamos detalhar as ações projetadas que contemplariam as nossas necessidades”, disse o governador nas redes sociais.
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O governador afirmou que já foram criados programas sociais para auxiliar pessoas de baixa renda, como o programa “Volta por Cima”, que vai disponibilizar uma linha de crédito para que as famílias de baixa renda possam se reestruturar. Além de outras ações que estão sendo tomadas pelo executivo.
“Temos alguns programas que o governo do estado já criou, como o ‘Volta por Cima’, que é um recurso que a gente passa na mão das famílias de baixa renda e extrema pobreza para que elas possam recuperar sua vida, conseguir comprar itens básicos para se restabelecer, apoio em crédito que terá que ser feito”, explicou.
Como se já não bastassem os problemas que estão tendo que ser resolvidos por conta da catástrofe, o governo também se preocupa com a onda de furtos nas residências e de lojas que ficaram para trás. Para enfrentar esse problema, o governador descartou decretar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permitiria a atuação das Forças Armadas na região e optou por chamar todos os policiais que estavam disponíveis para atuar na resolução do caso.
“Chamamos policiais que estavam de férias, convocamos todos; liberamos todas as horas extras possíveis; chamamos policiais que foram para a reserva; estamos recebendo contribuição de outros estados. Então força total. E tenho sim a segurança de dizer que vai dar certo e que vai melhorar nos próximos dias. Fazer isso parece mais apropriado do que uma convocação de decretação de Garantia da Lei e da Ordem, porque as polícias têm a experiência da segurança pública ostensiva mais do que o próprio Exército, nesse caso”, enfatizou.
Até o momento já são mais de 107 mortes confirmadas pelo governo do estado, além de 135 pessoas desaparecidas e 374 feridos. Segundo as autoridades. Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 425 foram afetados pela tragédia.
*Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com