Saúde pede entrega imediata de 6 milhões de doses da Coronavac
Pedido ocorre após Governo não conseguir trazer vacina da Índia
O Ministério da Saúde enviou ofício, nesta sexta-feira (15), ao Instituto Butantan, solicitando a entrega imediata de 6 milhões de doses importadas da vacina contra a Covid-19.
O documento é assinado pelo diretor do Departamento de Logística em Saúde, Roberto Ferreira Dias, e endereçado ao diretor do instituto, Dimas Covas.
"Solicitamos os bons préstimos para disponibilizar a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa", diz o documento.
"Ressaltamos a urgência na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os estados da federação de maneira simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid--19", acrescenta o ministério.
Mais cedo, nesta sexta, Dimas Covas afirmou que 4,5 milhões de doses da CoronaVac já estavam à disposição do Ministério da Saúde.
"O Butantan já tem 4,5 milhões de doses rotuladas, prontas para serem entregues no centro de distribuição do MS. Só estamos aguardando essa autorização do ministério para fazer esse escaminhamento. [...] As cotas dos estados serão definidas possivelmente ainda na tarde de hoje. Definindo essa cota, o estado já vai imediatamente receber e encaminhar à Secretaria da Saúde", disse.
Índia – Também nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o avião que buscará vacinas na Índia partirá "daqui a dois, três dias". Ao todo, são cerca de 2 milhões de doses da vacina adquirida do laboratório Serum.
"Foi tudo acertado para disponibilizar 2 milhões de doses. Só que hoje, neste exato momento, está começando a vacinação na Índia. É um país com 1,3 bilhão de habitantes. Então, resolveu-se — aí não foi decisão nossa — atrasar um ou dois dias, até que o povo comece a ser vacinado lá. Lá também tem as pressões políticas de um lado e de outro. Isso daí, no meu entender, daqui a dois, três dias no máximo, nosso avião vai partir e vai trazer esses 2 milhões de vacinas para cá", declarou Bolsonaro.
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