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Professor atua como agiota e ameaça servidores que atrasam pagamentos

O docente ameaçou soltar 'cãezinhos' de guarda contra devedores

Luciana Carvalho
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O professor da rede pública de ensino fundamental do Distrito Federal, Marco Antônio Vidal, de 51 anos, está sendo acusado de extorquir servidores da Secretaria de Educação através da prática de agiotagem. Segundo relato das vítimas, o agiota ameaçava as pessoas para intimidar aqueles que atrasavam pagamentos. As informações são o portal Metrópoles.

Relato de professores

O Metrópoles conversou com três professoras que devem dinheiro ao agiota, identificado por elas como perigoso e imprevisível. “Ele faz ameaças, diz que vai arrancar o couro da pessoa. Uma amiga tentou suicídio por causa dessas mensagens”, contou uma das docentes, que tem 45 anos. As denunciantes não serão identificadas por questõe de segurança.

“Eu estava precisando pegar dinheiro emprestado e não conseguia no BRB. Aí uma amiga me indicou. Ela disse, ‘Olha, tem um agiota que me empresta'”, detalhou a vítima. A professora explica que pegou emprestado R$ 2,5 mil de Marco. No início, a mulher pagou sem problemas, mas em determinado mês, atrasou alguns dias o depósito e foi aí que começaram os problemas.

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“Ele disse que, por eu ter atrasado o pagamento, perdeu um cliente, e passou a me cobrar por causa disso. Como não consegui pagar quando ele pediu, a dívida aumentou por causa dos juros”, narra a mulher.

Para se livrar do assédio de Marco, a vítima tomou empréstimo com outro agiota, e para pagar este, pediu dinheiro a um terceiro. A mulher precisou pedir transferência do local em que trabalha para fugir dos cobradores.

“Conheço pelo menos outras 25 professoras que devem pro Marco”, detalhou a mulher. A reportagem teve acesso a conversas de WhatsApp que mostram a forma agressiva de cobrança do agiota, além de áudios com ameaças veladas.

“Você pegou grana, tem que pagar, cara. Não quero saber se morreu alguém, tem que pagar”, diz o agiota em um dos áudios.

Em outra gravação, depois de uma vítima pedir respeito a Marco, o homem esbraveja: “Não tenho que ter cuidado de p*rra nenhuma, você que tem que ter cuidado de não me pagar”. Uma outra vítima de Marco, também de 45 anos, explica que na verdade ele não é o único a explorar dívidas de servidores da educação. A mulher listou nada menos que 16 agiotas em atuação na capital, todos eles emprestam a servidores do governo distrital.

Uma outra vítima relatou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que o professor ameaçou soltar “cãezinhos” de guarda contra devedores. Os chamados “cãezinhos” seriam capangas contratados por Marco Antônio para intimidar aqueles que atrasavam pagamentos. O homem teria narrado ainda que tinha agredido o marido de outra devedora e roubado o carro de uma terceira.

A reportagem ligou para Marco Antônio Vidal na noite da última sexta-feira (12). O homem negou atuar como agiota. “Tá maluco, rapaz. Quem dera se eu tivesse pra isso”, disse o docente, aos risos. Questionado sobre a ligação feita pela reportagem em que ele garantiu conseguir emprestar dinheiro de forma rápida, Marco afirmou que, na verdade, negou a quantia. “Você viu que eu neguei, não foi? Eu disse que ela tinha que ligar. Na verdade, eu estava até dormindo na hora”, explicou.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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