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Número de suspeitas por intoxicação por metanol sobe e chega a quase 60 casos em São Paulo

Até o momento, uma morte foi confirmada por causa do consumo de bebida destilada alterada com a substância

Rafael Lédo
fonte

O número de notificações suspeitas de intoxicação por metanol aumentou no estado de São Paulo. Até a manhã desta quinta-feira (2), eram 45 casos, mas os dados atualizados da Secretaria estadual da Saúde apontam que 14 novos casos estão sob investigação, totalizando 59 suspeitas.

Uma morte foi confirmada tendo como causa o consumo de bebida destilada adulterada pela substância. Outras cinco ainda estão sob investigação das autoridades. Vale lembrar que o metanol é prejudicial à saúde humana e o consumo em altas doses pode levar à morte.

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Número de casos de intoxicação por metanol

  • Intoxicações confirmadas: até o momento, são 12 casos confirmados por meio de laudos que atestam a ingestão de bebidas adulteradas com a substância;
  • Sob investigação: 47 casos estão sendo investigados, já que já indícios clínicos, porém ainda não se sabe como a ingestão de metanol aconteceu;
  • Mortes confirmadas: 1 homem de 54 anos morreu após consumir bebida adulterada com metanol;
  • Mortes sob investigação: 5 mortes estão sendo investigadas para saber as circunstâncias. São 3 homens da capital paulista e 2 homens de São Bernardo do Campo, todos entre 45 e 60 anos.

Quais locais tem bebida destilada adulterada com metanol?

Adega na Zona Sul

Segundos as informações da TV Globo e do g1, Rafael Anjos Martins, de 28 anos, comprou duas garrafas de gin, gelo de coco e energético numa adega localizada na região da Cidade Dutra, na Zona Sul de São Paulo, no dia 30 de agosto, para uma confraternização com quatro amigos na casa dele.

Depois de poucas horas, Rafael começou a passar mal, então foi levado ao hospital. Apesar de ter passado pouco tempo e os médicos terem removido parte da substância do organismo dele, o metanol já tinha atingido o cérebro e o nervo óptico do rapaz. Ele está em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Osasco e respira por ajuda de aparelhos. 

Os amigos não tiveram consequências tão graves quanto Rafael. Nathalia Carozzi Gama, uma das convidadas, afirmou que a visão foi afetada: "As coisas estavam com muito contraste e muita falta de ar, com mal-estar, um peso no corpo. Eu fui para o hospital, fizeram o exame e viram que estava com metanol”.

Bar nos Jardins

Radharani Domingos, designer de interiores de 43 anos, perdeu a visão após consumir três caipirinhas no bar Ministrão, localizado na Alameda Lorena, bairro nobre de São Paulo. Por causa da bebida adulterada, ela foi internada na UTI e sofreu algumas convulsões. Além disso, ela preciso ser entubada.

Na última segunda-feira (29) foi transferida para o quarto. Em entrevista ao Fantástico, ela relembrou o caso: “Era uma região nobre, não era nenhum boteco de esquina. Causou um estrago bem grande. Não estou enxergando nada”. 

No bar, cerca de 100 garrafas de bebidas destiladas foram apreendidas sob suspeita de adulteração.

Show de pagode em São Bernardo do Campo

No caso de Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, ela saiu para um show de pagode num bar de São Bernardo do Campo. Ela chegou a consumir alguns "combos" de vodca com suco de pêssego. No dia seguinte, ela começou a sentir dor intensa no corpo, falta de ar e visão embaçada. Por conta disso, foi levada a uma UPA da cidade. 

O seu quadro agravou e precisou ser entubada no Hospital de Clínicas de São Bernardo. Ela permanece em estado grave.

Whisky em festa na Zona Sul

Wesley Pereira, de 31 anos, participou de uma festa na Zona Sul de São Paulo. Ele consumiu Whisky no local e depois começou a passar mal. Poucas horas depois, foi internado em coma no Hospital do Campo Limpo.

Os familiares de Wesley afirmam que ele teve pneumonia por broncoaspiração, um dos rins parou de funcionar e, quando os médicos reduziram a sedação para tentar acordá-lo, ele sofreu um AVC.

Vodca com metanol

Marcelo Lombardi, advogado e empresário de 45 anos, é a morte confirmada por causa de bebida destilada adulterada com metanol. Ele era dono de uma imobiliária na região do Sacomã, na Zona Sul de São Paulo.

Ele morreu depois de ingerir uma garrafa de vodca adulterada. A família relata que ele comprou a bebida numa adega. Na manhã seguinte em que bebeu a vodca, Marcelo acordou desorientado, sem visão. Foi levado ao hospital, mas o quadro evoluiu e ele teve uma parada cardiorrespiratória, além de falência múltipla dos órgãos.

No atestado de óbito, os médicos indicam que o metanol causou a morte de Marcelo.

(Escrito por Rafael Lédo, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)

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