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Jovem aprovado com cota racial para Farmácia é recusado, dois anos depois, em medicina; entenda

Em 2018, o jovem de 25 anos entrou na universidade pelo sistema antigo de cotas raciais, quando bastava apenas uma autodeclaração; diferente das avaliações atuais

Carolina Mota

Um jovem foi às redes sociais relatar um ocorrido que o tem deixado triste e confuso. Bruno Nascimento, de 25 anos, foi aprovado na Universidade Federal do Espírito Santo pelo sistema de cotas para o curso de Farmácia, em 2018, mas em 2024 teve a matrícula de cota negada no curso de Medicina, na mesma instituição.

Segundo atestado emitido pela universidade, o jovem seguia o curso de Farmácia pelo sistema de cotas, baixa renda e PPI (pretos, pardos e indígenas), mas este ano, para Medicina, ele foi recusado pela Comissão de Verificação de autodeclaração, que alegou que o jovem não se enquadra no sistema de cotas, destacando que "não foram encontradas características que o identifiquem como pessoa negra".

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O que diz a UFES

A equipe da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufes disse que, enquanto o processo do Sisu 2024 estiver em andamento, não vai se manifestar sobre este ou qualquer outro caso específico do processo seletivo.

No entanto, a Prograd informa que, antes bastava a autodeclaração, agora existe um processo misto de heteroidentificação, em que a autodeclaração é validada ou não por uma comissão avaliadora. Atualmente, a avaliação étnica-racial para candidatos pretos e pardos é realizada de maneira presencial pela Comissão de Verificação de Autodeclaração, considerando única e exclusivamente o fenótipo negro (preto ou pardo): predominantemente a cor da pele, a textura do cabelo e os aspectos faciais que, combinados ou não, permitem validar ou invalidar a autodeclaração.

Esse processo visa a coibir eventual destinação de vagas reservadas para quem não é alvo da política social, considerando possíveis fraudes, bem como declarações equivocadas devido à ausência de compreensão das questões raciais.

Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com

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