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Mulher negra é retirada de voo após negar despache de bagagem em Salvador

A passageira foi realocada pela Gol para um outro voo para São Paulo, na madrugada deste sábado (29)

O Liberal
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Uma mulher negra que estava em um avião da Gol Linhas Aéreas foi obrigada por três policiais federais a descer da aeronave, na noite desta sexta-feira (29), em Salvador, capital da Bahia. O voo tinha como destino São Paulo. Segundo vídeo que circula nas redes sociais, Samantha Vitena foi expulsa após negar o despacho de uma bagagem com um notebook. Com informações da Band.

 De acordo com testemunhas, o caso começou quando funcionários tentaram despachar a mochila da coordenadora de educação, alegando que não haveria espaço para a bagagem no compartimento de carga, acima das poltronas, nem abaixo do assento.

Segundo a Band, Samantha alegou que o laptop dela estava na mochila e o equipamento poderia ser danificado se a bagagem fosse colocada no compartimento geral de carga do avião.

Após ser auxiliada por um senhor, a mulher conseguiu ajustar a mochila em um bagageiro, mas foi surpreendida pela chegada dos policiais que a retiraram da aeronave, mesmo com o protesto dos demais passageiros que consideraram a ação um excesso e classificaram o ato da tripulação e dos agentes como abusivo.

A coordenadora de educação teve de assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência, acusada pelos agentes por resistência à ordem policial, quando somente tentava entender o motivo da condução coercitiva pelos policiais. Os advogados Fernando Santos e Rebeca Leonardo acompanharam a mulher durante o depoimento à Polícia Federal. 

Segundo eles, só depois de chegar à unidade da PF, no Aeroporto Internacional de Salvador, Samantha ficou sabendo que o comandante do voo 1575 pediu apoio à polícia, justificando que ela estaria perturbando a ordem do voo e atrasando a decolagem.

Após assinar o registro da ocorrência, ela foi realocada pela Gol para um outro voo para São Paulo, na madrugada deste sábado (29). Em nota, a Gol informou que a passageira foi retirada por medida de segurança operacional. A companhia lamentou os transtornos causados aos clientes e reforçou que as acomodações das bagagens devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções.

 “Durante o embarque do voo G3 1575 (Salvador - Congonhas), havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e muitos Clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente. Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma Cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo.


Lamentamos os transtornos causados aos Clientes, mas reforçamos que, por medidas de Segurança, nosso valor número 1, as acomodações das bagagens devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções. A Companhia ressalta ainda que busca continuamente formas de evitar o ocorrido e oferecer a melhor experiência a quem escolhe voar com a GOL e segue apurando cuidadosamente os detalhes do caso", diz o comunicado. 

Gol divulga nota com mais detalhes

Em uma nova nota, a Gol informou o seguinte: "Para complementar e esclarecer outras dúvidas que surgiram após o envio da nota de resposta, informamos que:

"- A passageira acomodou sua bagagem em local que obstruía a passagem, o que trazia risco a segurança do voo.

- Em casos como este, a tripulação não pode seguir viagem e, obrigatoriamente, precisa reacomodar a bagagem.

- A Tripulação da GOL ofereceu para a cliente o despacho gratuito da bagagem, em seguida ofereceu que o computador fosse retirado da mochila e por fim troca de assento para onde seria possível a acomodação da bagagem.

- A Companhia informou, por fim, que ela teria que desembarcar para que o avião pudesse partir.

- A impossibilidade de chegar a um acordo e a necessidade de se reestabelecer a ordem fez com que a Polícia Federal fosse acionada".

 

 

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