Mulher espancada com mais de 60 socos por namorado recebe alta após cirurgia facial
Agressão aconteceu dentro de elevador em Natal; caso é investigado como tentativa de feminicídio

Juliana Garcia dos Santos, de 35 anos, recebeu alta hospitalar na noite de segunda-feira (4), após passar por uma cirurgia de reconstrução facial no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. A empresária foi agredida com mais de 60 socos pelo namorado, o ex-jogador de basquete Igor Cabral, dentro do elevador de um condomínio no dia 26 de julho.
A cirurgia, realizada na última sexta-feira (1), teve como objetivo reparar as múltiplas fraturas causadas pela agressão. Segundo nota divulgada pelo hospital, o procedimento foi bem-sucedido e Juliana continuará o tratamento em casa, seguindo orientações da equipe multidisciplinar responsável. Um novo retorno está previsto ainda para este mês.
O procedimento, chamado osteossíntese, foi conduzido por cirurgiões-dentistas especializados em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, com apoio de anestesistas e profissionais de enfermagem. A intervenção visou restaurar tanto a funcionalidade quanto a estética do rosto da paciente.
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O caso ganhou repercussão após a divulgação das imagens da câmera de segurança do elevador, que mostram o momento em que Juliana é agredida com uma sequência de socos pelo companheiro. Em depoimento, a vítima classificou o episódio como um “atentado contra a vida” e afirmou que vivia uma relação “tóxica e abusiva”, com episódios anteriores de violência física e psicológica.
O agressor foi preso em flagrante no mesmo dia da agressão e indiciado por tentativa de feminicídio. Em seu primeiro depoimento à Polícia Civil, Igor alegou ter sofrido um “surto claustrofóbico”. Ele também mencionou ter um filho com transtorno do espectro autista, argumento que, segundo a investigação, não altera a natureza do crime.
A família do ex-jogador divulgou nota afirmando estar “consternada” com os fatos e pediu para não ser alvo de ameaças, destacando que não tem qualquer envolvimento com o crime.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte segue investigando o caso como tentativa de feminicídio.
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