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Ministério da Saúde diz que vacinação geral contra a dengue é 'inviável'

Segundo o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti, o principal impedimento é a capacidade de produção de vacinas por parte das fabricantes

O Liberal
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O diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti, disse, nesta quinta-feira (25), que a vacinação da população brasileira contra a dengue até o fim do atual governo é “algo inviável”. Segundo Gatti, o principal impedimento é a capacidade de produção de vacinas por parte das fabricantes. As informações foram divulgadas pelo Poder 360.

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“Por enquanto, a vacinação de todos nesta gestão é algo inviável para a capacidade produtiva dos laboratórios que contamos hoje. Reforço que não é por falta de interesse do Ministério da Saúde. É uma limitação de entrega”, afirmou Gatti no Ministério da Saúde, em Brasília.

Mais de 6 milhões da vacina Qdenga da farmacêutica Takeda Pharma foram disponibilizadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 3 milhões de pessoas devem ser imunizadas contra a dengue. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A previsão é de que 1,4% da população seja vacinada. 

O Ministério ainda aguarda os estudos desenvolvidos pelo Instituto Butantã, de uma vacina alternativa contra a doença. A estimativa é de que o imunizante fique pronto em 2025 e comece a ser distribuído em 2026, mas isso pode depende das etapas de pesquisa, que estão em andamento. 

Vacinação no próximo mês 

A pasta anunciou, nesta quinta (25), as 17 unidades federativas escolhidas para a vacinação contra a dengue a partir de fevereiro. A seleção, que não teve o Pará incluído, segue três critérios, conforme a pasta: são formadas por municípios de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, e com maior predominância do sorotipo DENV-2. A imunização será aplicada nessas regiões endêmicas, em 521 municípios.

As unidades da Federação escolhidas são: Acre, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Serão vacinadas as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue – 16,4 mil de janeiro de 2019 a novembro de 2023, depois das pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi autorizada pela Anvisa. Esse é um recorte que reúne o maior número de regiões de saúde. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

De acordo com o Ministério, a definição de um público-alvo e regiões prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil no último sábado (20). O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro.

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