Menino de 2 anos está internado em estado grave após engolir brinquedo
Saiba como agir quando se deparar com este tipo de situação
Os pais do menino Luiz Otávio, de dois anos, viram o filho precisar ser internado após o menino se engasgar com uma peça de brinquedo na casa da avó, em Montes Claros (MG), no último domingo (17). O estado de saúde da criança é grave.
O pai, Charles Madureira, conta que tudo aconteceu muito rápido. "A mãe, sempre cuidadosa, pediu para ele tirar, mas ele respirou e se engasgou na hora", relembra.
A mãe, Isabela Aquino, levou o menino para o hospital, distante 4 quilômetros, acreditando que não daria tempo de ligar para o Samu ou para os Bombeiros.
"Quando deu entrada, ele perdeu os batimentos e a respiração. Os médicos conseguiram reanimá-lo depois de 30 minutos e precisou intubar", disse o pai.
O menino foi transferido para a Santa Casa da cidade, onde os médicos realizaram uma cirurgia para retirar a peça do brinquedo. Charles conta que Luiz Otávio ficou sedado, intubado e teve convulsões.
"A notícia de ontem para hoje não foi muito boa, pois ele ainda não demonstrou reação após o início da retirada dos sedativos", lamentou o pai do menino.
Charles conta que um médico de plantão chegou a dizer que, após 24 horas sem reação, haveria a hipótese de decretar morte cerebral. No entanto, outro médico da unidade teria dito que ainda não é o momento para isso, que poderia aguardar mais cinco dias enquanto o restante dos sedativos parassem de fazer efeito.
O que fazer?
Acidentes como engasgo exigem atendimento urgente. É importante não provocar o vômito, pois a criança pode engasgar e não conseguir respirar.
Primeiro, verifique se a criança respira normalmente. Se sim, leve-a para atendimento médico. Mas se ela estiver respirando com dificuldade, a criança deve ser levada imediatamente ao hospital. Caso tenha parado de respirar ou não consegue falar ou chorar, trata-se de um caso grave de obstrução da via respiratória. Nesse caso, trata-se de uma emergência em que os próprios pais ou quem estiver com a criança terão que agir depressa.
"Quando a criança tem mais de um a dois anos, a manobra de Heimlich é a mais indicada. A gente abraça a criança pelas costas, e dá um aperto súbito por baixo das costelas que os braços estão, deslocando a via aérea para cima. E daí, provavelmente, o objeto vai ser expelido nessa manobra", ensina Fernanda Minafra, professora do departamento de pediatria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Para menores de um ano, a ação é diferente. A professora explica que "deve-se apoiar a criança na nossa perna e colocar a cabecinha um pouco mais para baixo da altura da perna, com a barriga virada para baixo e fazer cinco precursões nas costas da criança. E daí, logo em seguida, vire a criança e a coloque de frente e faça cinco compressões no externo, que é esse osso da frente do tórax. E vai alternando isso até que a criança reaja".
Especialistas afirmam que é muito comum as crianças engolirem objetos estranhos sem que os pais percebam. A única forma de saber o que houve é a manifestação dos sintomas que, normalmente, incluem salivação excessiva ou com sangue, tosse, febre, recusa alimentar, irritabilidade e vômitos.
Em casos assim, a criança deve ser levada ao hospital para que o objeto seja identificado. La, os médicos definem qual melhor procedimento.
"Baterias e pilhas têm substâncias corrosivas e podem ser altamente lesivas para o organismo de uma criança. Então tem que procurar um atendimento", alerta a professora.
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