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MEC faz "brincadeira" com escravidão em manual e gera muita polêmica

Aulas de educação física escolas públicas divide capitão do mato e escravos

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou um guia de atividades para aulas de educação física às escolas públicas do Rio de Janeiro que tem causado muita polêmica. Uma atividade impressa no manual retrata o regime da escravidão no Brasil. A regra é dividir os alunos em dois grupos: capitães do mato e escravos. Os estudantes têm a faixa etária entre 8 a 10 anos. O material foi aprovado pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD) 2019.

Na “brincadeira”, o professor tem de demarcar com giz um espaço na quadra correspondente ao quilombo e, outro, à senzala. Segundo a regra da “pira-pega”, os alunos recebem um sinal e, a partir dele, os escravos devem fugir para o quilombo. Uma vez capturados, são conduzidos à senzala pelos capitães do mato. Em seguida, trocam-se as funções.

Nas redes sociais, o material não agradou aos internautas. A atividade foi alvo de críticas por relembrar o regime da escravidão no Brasil como uma disputa, subestimando o sofrimento do povo negro durante o período.

Um texto ao lado da atividade informa que ela foi inspirada no livro “Lutas, capoeira e práticas corporais de aventura”, do então Ministério do Esporte, que deixou de existir no atual governo e passou ter suas atribuições repassadas para o MEC. Na obra, o autor faz uma atividade física mesclando aspectos históricos, mas diferente do que foi publicado na obra aprovada pelo MEC agora.

A atividade original proposta tinha como objetivo mostrar inclusão e solidariedade entre os escravos e os ex-cativos perante a perseguição de capitães do mato. Em comum entre as duas está a divisão em dois espaços: a senzala e o quilombo.  A diferença é que, no espaço da senzala, só caberiam três libertos, mas sempre que um mais cansado chegasse lá, outro daria espaço. Por outro lado, quando um ex-escravo apertasse a mão de um cativo na senzala, ele se tornaria livre.

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