Mantido juri popular de acusadas de matar e esquartejar menino Rhuan
Após o crime, mãe e companheira tentaram incinerar partes do corpo em uma churrasqueira
O Tribunal do Júri de Samambaia negou recurso para absolver Rosana Auri da Silva Candido e sua companheira, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, acusadas de esquartejar e matar o menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de apenas 9 anos, em maio deste ano, em Brasília. A defesa de ambas tentou derrubar a decisão que determina júri popular para o casal.
Cabe recurso da sentença. O texto foi publicado na terça-feira (20) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Considerando os autos, o juiz Fabrício Castagna Lunardi afirma não vislumbrar “que a decisão de pronúncia mereça reforma, uma vez que foram analisadas todas as teses levantadas pelas partes e estão presentes os indícios necessários para que o feito seja submetido à apreciação do Colendo Tribunal Popular”.
Covardia - O crime ocorreu em 31 de maio deste ano, em Samambaia. Após o assassinato, a dupla esquartejou, perfurou os olhos e dissecou a pele do rosto da criança. Elas também tentaram incinerar partes do corpo em uma churrasqueira, com o intuito de destruir o cadáver e dificultar o seu reconhecimento.
Como o plano inicial não deu certo, as criminosas colocaram partes em uma mala e duas mochilas. Rosana jogou a bolsa em um bueiro próximo à residência onde ocorreu o crime. Antes que ela ocultasse as duas mochilas, moradores da região desconfiaram da atitude da mulher e acionaram a polícia, que prendeu as autoras em flagrante, em 1º de junho. As duas confessaram o assassinato do menino.
Tortura e lesão corporal
Desde 18 de dezembro de 2014, Rosana vivia com o filho de maneira clandestina. Rhuan foi retirado à força dos cuidados dos avós paternos e era procurado pela família. Até a sua morte, a criança foi submetida a intenso sofrimento físico e mental como forma de castigo pessoal. Enfrentou desprezo e privações. Foi impedido de manter contato com outras pessoas. Ele também não frequentava a escola.
Um ano antes do assassinato, a dupla extraiu os testículos e o pênis de Rhuan, em casa, de forma rudimentar, sem anestesia ou acompanhamento médico. Por esses crimes, elas foram denunciadas por tortura e lesão corporal gravíssima.
A menina de 8 anos que presenciou o esquartejamento e a morte de Rhuan foi morar com o pai, o agente penitenciário de Rio Branco (AC) Rodrigo Oliveira. Ela passou por um período de adaptação e faz acompanhamento psicológico para lidar com o trauma.
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