Mãe sobre morte da filha de 23 anos: covid paralisou o corpo

Jovem não tinha comorbidade e primeiro diagnóstico foi dengue

Redação Integrada com informações do G1
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A auxiliar de limpeza Solange Cristina Ferreira, de 41 anos, compartilhou a dor de perder uma filha jovem para a covid.

Moradora de São José do Rio Preto (SP), Solange viu a filha, Lauane Cristina Ferreira de Moraes, de 23 anos, morrer por complicações provocadas pelo novo coronavírus.

“A doença foi paralisando o corpo todo dela. Os médicos me diziam que o pulmão dela estava esfarelando e ficando como uma bucha de lavar louças. Foi um choque muito grande quando recebi a notícia da morte da minha filha. Ela não tinha nenhuma comorbidade. Era totalmente saudável”, desabafa.

Em junho do ano passado, em São José do Rio Preto, município do interior de São Paulo, a jovem começou a apresentar sintomas associados à covid-19 e resolveu procurar ajuda.

“Ela fez exames. O resultado apontou que ela estava com as plaquetas baixas. Então, minha filha foi ao médico, que falou que era dengue. Quando o plantão foi trocado, outro médico disse que minha filha poderia estar com covid-19, mas marcaram o exame para dias depois”, relata.

Entubada

Lauane retornou para a casa, mas começou a sentir falta de ar e dificuldades para se comunicar.

“Chamamos uma ambulância, mas ninguém apareceu. Então, o namorado a levou para uma unidade de saúde. Depois, ela foi transferida para o Hospital de Base, onde foi entubada instantaneamente”, afirma.

Solange diz que fizeram o exame de coronavírus somente quando a jovem estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em agosto, o Brasil já vivia a primeira onda de covid e os sintomas já era bem conhecidos.

“Minha filha ficou 48 dias internada, lutando contra a doença. Ela morreu em 23 de agosto. Minha vida nunca mais foi a mesma. Estou com pressão alta. Choro praticamente todos os dias. Queria que ela me enterrasse. Não ao contrário”, afirma.

“Ela era uma menina encantadora e batalhadora. Tinha comprado uma casa, móveis, carro, tudo. Ela começou a trabalhar muito cedo. Filha de mãe solteira, ela se virou a vida inteira”, completa.

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