Lula reforçará apoio federal e enviará equipes das Forças Armadas ao RJ

O presidente afirmou durante transmissão pelas redes sociais, que o governo vai enviar reforços das polícias federais e das Forças Armadas para combater o agravamento da crise de segurança pública no Rio de Janeiro.

O Liberal
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Nesta terça-feira (24) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou durante transmissão pelas redes sociais, que o governo vai enviar reforços das polícias federais e das Forças Armadas para combater o agravamento da crise de segurança pública no Rio de Janeiro.
Na segunda-feira (23), milicianos incendiaram 35 ônibus no Rio – no que foi considerado o maior ataque em um único dia na história da cidade. Moradores viveram momentos de caos e ainda continuam sofrendo as consequências.

"O problema da violência no Rio de Janeiro termina sendo um problema do Brasil [...] [Conversei] Na perspectiva de fazer com que a Aeronáutica possa ter uma intervenção maior nos aeroportos do Rio, que a Marinha possa ter uma intervenção maior nos portos. Para ver se a gente consegue combater mais o crime organizado, o narcotráfico, o tráfico de armas. Vamos ter que agir um pouco mais", disse Lula.

"Ao mesmo tempo, o Flávio Dino conversou comigo. A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal vão agir mais. Nós queremos compartilhar a solução dos problemas que os estados têm com o governo federal. Não queremos lavar as mãos e dizer: 'o problema da violência é do Rio, o problema da enchente é do Rio Grande do Sul, o problema da seca é da Amazônia'. Não. É um problema do Brasil",continuou.
Nesta terça, o blog da Camila Bomfim adiantou que o governo estudava reforçar o contingente de agentes federais no estado do Rio nos próximos dias, em ações estratégicas e de apoio, mesmo antes da aprovação de uma "intervenção federal" propriamente dita – que requer aval do Congresso.

Criação do Ministério da Segurança Pública
Lula afirmou que avalia a criação de um ministério específico para cuidar da segurança pública.
A proposta foi avaliada na campanha e na transição de governo, porém Lula optou por não dividir as atribuições do Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Flávio Dino. ''Eu, quando fiz a campanha, eu ia criar o ministério da Segurança Pública. Ainda estou pensando em criar, estou pensando quais sãos as condições que você vai criar, como é que vai interagir com questão da segurança do estado, porque o problema da segurança é estadual", disse Lula

Em 2018, o então presidente Michel Temer criou o Ministério da Segurança Pública a partir da divisão das atribuições do Ministério da Justiça. Em 2019, Jair Bolsonaro voltou a fundir as duas pastas, modelo que segue em vigor com Lula.
Lula também disse que o governo não deseja fazer uma intervenção no Rio de Janeiro, a exemplo da ação implementada em 2018 na gestão de Michel Temer.

À época, a segurança pública do estado ficou à cargo do governo federal, que nomeou como interventor o general Walter Braga Netto. O militar, na sequência, foi ministro de Bolsonaro.

"Nós não queremos pirotecnia. Nós não queremos fazer uma intervenção no Rio de Janeiro, como já foi feito e que não resultou em nada. Nós não queremos tirar a autoridade do governador, nós não queremos tirar a autoridade do prefeito. O que nós queremos é compartilhar com eles, e trabalhar junto com eles uma saída. O problema deles passa a ser o nosso problema", afirmou Lula.

Cirurgia de Lula
A transmissão desta terça-feira foi a primeira desde que Lula passou por cirurgias nas pálpebras e no quadril, há mais de três semanas.
 Nesta semana, o petista completa 78 anos de idade e voltou a trabalhar no Palácio do Planalto na segunda-feira (23), após um período de 24 dias na residência oficial do Palácio da Alvorada.

"Do ponto de vista físico, eu estou bem. Sinto que a cirurgia foi um sucesso", disse o presidente.
Lula informou que só poderá viajar após passar por uma avaliação médica, quando a cirurgia do quadril completar oito semanas.
O presidente pretende realizar viagens dentro do Brasil, em novembro, antes de seguir para um roteiro internacional, que deve passar pela Arábia Saudita, Emirados Árabes (COP) e Alemanha.

Terror na Zona Oeste
A morte de um miliciano provocou um dia de terror na Zona Oeste do Rio na tarde do dia 23, segunda-feira. Pelo menos 35 ônibus e 1 trem foram queimados a mando de criminosos na região, no que já é o dia com mais coletivos incendiados na história da cidade, segundo o Rio Ônibus.
Entre os coletivos queimados, 20 são da operação municipal, 5 do BRT e outros de turismo/fretamento.

Passageiros tiveram que deixar alguns dos coletivos às pressas momentos antes de os criminosos atearem fogo aos ônibus. No Recreio, uma usuária do BRT chegou a cair com o rosto no chão ao deixar o veículo.
Pelo menos 12 suspeitos de ataques a ônibus foram presos. O governador Cláudio Castro, classificou os autores dos ataques a transportes como "terroristas" e disse que fará caça a três chefões do crime.

“Esses três criminosos, Zinho, Tandera e Abelha: não descansaremos enquanto não prendermos eles”, disse.
 

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