CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Sequestrador é morto por atirador de elite na Ponte Rio-Niterói

Homem teria se identificado como policial militar e dito que estava com gasolina, ameaçando incendiar o coletivo

Reuters com informações do G1

Um homem foi morto pela Polícia Militar do Rio de Janeiro depois de sequestrar um ônibus executivo com mais de 30 passageiros nesta terça-feira na ponte Rio-Niterói por quase quatro horas, em um episódio que parou o trânsito na principal ligação entre as duas cidades, informou a Polícia Militar. ele foi identificado como William Augusto da Silva.

O sequestrador foi atingido por atiradores de elite que estavam posicionados desde cedo perto do ônibus. Um porta-voz da PM disse que nenhum refém ficou ferido. Alguns reféns foram liberados durante as negociações.

Após o desfecho do sequestro, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), chegou ao local e, ao descer do helicóptero, vibrou com o resultado da operação. O governador tem defendido que a polícia dispare contra pessoas que portam fuzis e tem sido criticado - e rebatido as críticas - por organizações de defesa dos direitos humanos.

Em entrevista aos jornalistas no local, Witzel comemorou o resultado da ação, embora tenha reconhecido que não foi o melhor, já que o sequestrador foi morto.

"Primeiro eu quero agradecer a Deus por essa solução que, infelizmente, não era a melhor possível, o ideal é que todos saíssem com vida, mas nós tivemos que tomar a decisão de salvar os reféns. Primeira preocupação nossa é salvar os reféns, rapidamente solucionar o problema. O que nós assistimos foi um trabalho muito técnico da Polícia Militar. A todo tempo eu fiquei monitorando para fazer o meu trabalho como governador", disse.

"Nós não queremos que ninguém morra, mas alguém que está numa situação como essa, a polícia vai agir com rigor e não vai ter leniência com quem coloca em risco a vida de outras pessoas."

O governador aproveitou o caso do sequestro para voltar a defender que os policiais abatam pessoas que portem fuzis em comunidades, após críticas recentes por causa de casos em que inocentes foram mortos em ações policiais em favelas.

"Algumas pessoas às vezes não entendem o trabalho da polícia que, às vezes, tem que ser dessa forma. Se não tivesse abatido este criminoso, muitas vidas não seriam poupadas. Isso está acontecendo nas comunidades, eles estão de fuzil nas comunidades, aterrorizando as comunidades, isso é o que a gente viu", disse.

"Se a polícia puder fazer o trabalho dela, de abater quem estiver de fuzil, tantas outras vítimas serão poupadas", acrescentou.

O presidente Jair Bolsonaro parabenizou a ação da polícia do Rio de Janeiro em sua conta no Twitter.

"Parabéns aos policiais do Rio de Janeiro pela ação bem-sucedida que pôs fim ao sequestro do ônibus na ponte Rio-Niterói nesta manhã. Criminoso neutralizado e nenhum refém ferido. Hoje não chora a família de um inocente", escreveu.

Mais cedo, enquanto o sequestro ainda estava em andamento, Bolsonaro defendeu aos jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada o uso de atiradores de elite em casos como o desta terça.

Ele lembrou o episódio do sequestro do ônibus 174, em 2000, também no Rio de Janeiro, quando uma vítima foi morta no momento em que a PM tentou disparar contra o sequestrador, que foi posteriormente morto sob custódia da polícia.

"Não foi usado o sniper (no sequestro do ônibus 174). O que aconteceu? Morreu uma professora inocente, e depois esse vagabundo morreu no camburão. Os policiais no camburão foram submetidos a júri popular. Foram absolvidos por 4 a 3. Quase você bota alguns policiais, condena a 12, 30 anos de cadeia, por causa de um marginal como aquele do sequestro do 174. Não tem que ter pena", disse Bolsonaro.

O sequestro desta terça começou pouco antes das 6h, e o sequestrador portava um líquido inflamável, um revólver, uma faca e uma arma de choque elétrico, segundo informou inicialmente a Polícia Rodoviária Federal.

O episódio mobilizou negociadores da tropa de elite da PM, agentes da Polícia Rodoviária Federal, homens da defesa civil e dos Bombeiros e da concessionária da ponte Rio-Niterói.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Brasil
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BRASIL

MAIS LIDAS EM BRASIL