Greve em 4 linhas do Metrô de SP pega passageiros de surpresa; multidão busca transporte alternativo
Paralisação atinge as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô de São Paulo nesta quinta-feira (23)

Trabalhadores de quatro linhas do Metrô de São Paulo paralisaram as atividades nesta quinta-feira (23), deixando uma multidão de passageiros sem transporte. A greve alcança as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Os grevistas reivindicam o pagamento do abono e afirmam que não receberam a participação nos resultados nos últimos três anos. Eles cobram também negociação com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Devido a paralisação, passageiros se aglomeram em frente as estações em busca de um transporte alternativo. Muitos deles afirmaram terem sido pegos de surpresa com a greve. Na estação Jabaquara, por exemplo, houve fila para tentar embarcar em ônibus no terminal próximo, que funciona normalmente. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também registra lotação e longas filas para acessar as catracas.
A SPTrans criou duas linhas e reforçou a frota de 13 já existentes, mas não foi suficiente para dar conta da demanda.
Ainda de acordo com passageiros, os aplicativos de transporte estão cobrando valor exorbitante pelas viagens. De Tucuruvi até o Jabaquara, percurso que seria feito pela Linha Azul, o valor cobrado é de mais de R$ 180.
Reivindicações
De acordo com o Sindicato dos Metroviários, a categoria cobra o pagamento do abono, a revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos realizados em 2019, além de pedir novas contratações. Foi apresentada a proposta de um dia de catraca livre como alternativa para não prejudicar a população, o que não foi aceito por questões de segurança.
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O Metrô alegou, por meio de nota, que "não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa". A empresa afirma também que empenhou esforços para atender os pleitos do sindicato, mas a realidade econômica da companhia "não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento". Segundo o Metrô, houve "significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019".
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