Grávida é presa por torturar filha de 1 ano: 'Recebemos a criança com o corpinho todo quebrado'

A criança estava com dificuldades para andar e reclamava de dores pelo corpo

O Liberal

Uma mulher de 19 anos foi presa na última sexta-feira (12), suspeita de torturar a própria filha de um ano e dois meses. A jovem, que está grávida, foi presa na casa da mãe, em Belo Horizonte (MG). Nesta terça-feira (16), a delegada responsável pelo caso, Iara França, contou, em entrevista coletiva, que os médicos desconfiaram da versão da suspeita após verificarem a gravidade dos ferimentos da criança. As informações são do G1 Minas Gerais.

"Recebemos a criança com o corpinho todo quebrado, em um estado lastimável. A mãe contou que ela teria caído de uma escada de dois degraus, mas vimos que não era compatível com os ferimentos. As mãozinhas e pernas estavam queimadas. Estado físico muito triste”, relatou a delegada. Ao verem os ferimentos, os médicos desconfiaram da versão e notificaram a polícia. A mãe, que não teve o nome divulgado, vai responder por lesão corporal gravíssima e tortura.

De acordo com a Polícia Civil, no início de setembro deste ano, o pai da criança levou a menina até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para ser examinada. A criança estava com dificuldades para andar e reclamava de dores pelo corpo. O homem, que não morava com a filha, teria contado aos médicos que a mãe da garota havia dito que a menina havia caído de uma escada de dois degraus que ficava na cozinha da casa onde morava.

Na época, a mulher não foi localizada pela polícia. No entanto, após buscas, foi encontrada, no dia da prisão, "escondida" na casa da mãe dela. A jovem negou as acusações aos policiais. A mulher foi encaminhada para o sistema prisional e a menina foi levada para o Conselho Tutelar e está em abrigo.

Torturas constantes

"Inicialmente os exames apontaram que a menina tem cicatrizações bem antigas e fraturas recentes. Foi constatado que ela vinha sendo torturada desde o dia que nasceu. Ela teve um fêmur quebrado. Tudo está prejudicando o desenvolvimento motor dela”, completou a delegada.

A suspeita morava sozinha com a criança. De acordo com Iara França, outros dois amigos da mulher "cuidavam" da criança para que ela frequentasse bares e festas. Os homens também serão investigados e podem responder por tortura, lesão corporal e omissão.

"Foi pedido por nós para que essa mãe tenha a guarda da filha destituída e sugerimos à Justiça que ela também não seja entregue para o pai, já que ele tem extensa ficha criminal. Pedimos também que, assim que a criança que ela está esperando nasça, não seja entregue a eles", acrescentou França.

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