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Filho da primeira vítima do incêndio no hospital diz que vai processar hospital

“Os médicos até tentaram fazer o possível, mas essa parte administrativa do hospital deixou a desejar", afirmou Patrick Machado.

Redação Integrada com informações do UOL
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Na manhã desta quinta-feira (29), ocorreu o sepultamento da primeira vítima do incêndio no Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio. O caixão estava fechado e não teve velório, porque Núbia Silva Rodrigues, 42, foi diagnosticada com coronavírus. Cerca de 30 pessoas estiveram presentes.

A família de Núbia disse ao Portal Uol, que vai entrar com um processo contra o Hospital após a morte da técnica radiologista. Ela estava internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da ala de coronavírus. 

"Sem dúvidas. A gente vai buscar os nossos direitos, porque a gente perdeu uma esperança. Vamos entrar na legalidade e vamos fazer justiça pela vida dela", disse o filho de Núbia, Patrick da Silva Pinheiro Machado.

Núbia deu entrada no hospital, no último dia 23, com 75% do pulmão comprometido em decorrência da covid-19. Três dias depois, ela precisou ser entubada. Na manhã seguinte, o prédio 1 do hospital pegou fogo.

A técnica radiologista sofreu uma parada cardíaca durante a transferência entre os prédios do hospital e não resistiu. Ela chegou a ser transportada em um lençol devido ao desespero dos funcionários no momento do incêndio.

"Isso foi uma negligência, porque enquanto ela estava entubada, estava bem. Muitas pessoas já tiveram 100% do pulmão comprometido e voltaram, a gente não teve essa esperança, porque perdemos isso quando teve esse incêndio. Os médicos até tentaram fazer o possível, mas essa parte administrativa do hospital deixou a desejar", questionou Patrick sobre o modo adotado pelo hospital. 

"Ela não aguentou o transporte, foi tudo muito rápido e repentino. O prédio 1 é só escada, não tem rampa. Como o elevador já estava parado, porque já não tinha mais energia, eles tiveram que levar ela em um lençol pela escada", completou.

Filho único, Patrick Machado lembrou com carinho da mãe. "Minha mãe era uma pessoa alegre, tinha um bom coração, o que você precisasse, ela estava ali pra você. Não tinha tempo ruim pra ela, uma pessoa de sorriso largo. Uma boa mãe, amiga. Ela era muito ativa, não conseguia ficar parada. O legado que a morte dela deixou é viver a vida intensamente, você não sabe o dia de amanhã. Nunca deixar momentos difíceis te abalarem, seguir com a cabeça erguida", afirmou.

 

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