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Envenenamento: Polícia descarta uso de pesticida por advogada suspeita de matar ex-sogro e mãe dele

Investigações apontam que Amanda teria cometido o crime após se sentir rejeitada com o término de namoro

O Liberal
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Foi descartado pela Polícia Civil o uso de pesticida pela advogada Amanda Partata, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele. A entidade acredita que as vítimas foram envenenadas, mas a investigação ainda tenta descobrir que substância teria causado a morte de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 86.

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"[Os pesticidas] foram descartados. Os pesticidas, como eles são moléculas maiores, eles são mais fáceis, relativamente mais fáceis da gente trabalhar com elas e detectá-las. Então, já foi feita essa pesquisa pelos 300 pesticidas e já foi descartada essa hipótese", disse o perito criminal e da Divisão de Comunicação da Polícia Científica, Olegário Augusto. "Até o carbamato, que é o ‘chumbinho’, que era uma das vias, ele já foi descartado", completou.

Acusação e defesa

As investigações apontam que Amanda teria cometido o crime após se sentir rejeitada com o término de namoro. A suspeita foi presa temporariamente na noite de quarta-feira (20) e passou por audiência na quinta-feira (21). Na delegacia, a advogada negou a autoria do crime à polícia. A Justiça negou o pedido de liberdade feito pelos advogados.

Em nota, a defesa diz que aguarda o desenrolar de investigações antes de comentar sobre as acusações. Os advogados contestam a legalidade da prisão e destacam que Amanda se apresentou voluntariamente à delegacia, entregou documentos e informou à polícia sobre sua localização e estado de saúde.

Em uma coletiva de imprensa no dia 21, a polícia explicou o caso. O delegado Carlos Alfama, responsável pelas investigações, disse que, mesmo que a perícia não consiga identificar a substância usada, o caso seguirá sendo considerado envenenamento.

"Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. Não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? O perito apontou: a morte foi por envenenamento", ressaltou.

Entenda o caso

Na manhã do dia 17, Amanda esteve na casa da família do ex-namorado para tomar café da manhã. Ela levou pão de queijo, biscoitos, suco de uva e até bolos de pote de uma famosa doceria de Goiânia. A advogada ficou no local entre 9h e 12h, e estavam na casa Leonardo, pai do ex-namorado; Luzia, avó do ex-namorado; e o marido de Luzia. Destes, apenas o último familiar não tomou o café da manhã.

Segundo o delegado Carlos Alfama, a mulher colocou veneno no suco servido para as vítimas. Segundo Alfama, a advogada disse que comeu os bolos, mas ao ser questionada se tomou o suco, ela “travou”. "Foram comprados diversos alimentos. Até por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil dissolver o veneno no meio líquido", afirmou o delegado.

No Boletim de Ocorrência (BO), a esposa de Leonardo afirma que a ex-nora comprou o doce e outros alimentos para um café da manhã com a família. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram durante a manhã do dia 17. A própria advogada também teria consumido os doces e passado mal.

Mãe e filho foram internados com dores abdominais, vômitos e diarreia e morreram ainda no domingo. Ainda não há exame laboratorial ou perícia que indique a presença de veneno na comida ou nos organismos dos três. Inicialmente, cogitou-se uma intoxicação alimentar causada por produtos de uma doceria de Goiânia, o que a polícia descarta. Amanda comprou as sobremesas na cafeteria desse estabelecimento, segundo a investigação.

Mas, cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram. O caso começou a ser investigado no dia 18.

Uma foto mostra a advogada na mesa de café da manhã no dia em que o ex-sogro e a mãe dele morreram em Goiânia. Na imagem, Amanda está sorrindo ao lado da mesa com bolos de pote, sacolas e uma garrafa de suco.

Ameaças

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Amanda perseguia e ameaçava o ex-namorado, filho de uma das vítimas, por meio de ligações de números distintos e mensagens pelas redes sociais. A corporação diz que Leonardo Filho recebia de 10 a 15 ligações por dia. Eram mais de 100 números diferentes, segundo o delegado Carlos Alfama, responsável pelo caso, gerados por uma tecnologia que mascarava o telefone original.

As ameaças online foram enviadas por meio de pelo menos seis perfis falsos nas redes sociais. Portanto, a boa relação que Amanda alegava ter com a família do ex-namorado era falsa, segundo Alfama. “Ela estava, na verdade, ameaçando de morte o filho do Leonardo e os familiares dele desde o dia 27 de julho deste ano, comprovado de forma cabal pelos autos do inquérito policial nesses três dias de investigação”, prosseguiu.

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