Diretor geral da PRF pede desculpas à família de Genivaldo; morto há um ano por agentes rodoviários

Genivaldo foi trancado em uma viatura, que foi utilizada como uma espécie de câmara de gás

Vitória Reimão-
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Nesta quinta-feira (25), o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Oliveira, pediu desculpas para a família de Genivaldo de Jesus, morto há um ano durante abordagem de policiais rodoviários, no estado de Sergipe.Genivaldo foi trancado em uma viatura, que foi utilizada como uma espécie de câmara de gás

O diretor classificou a morte como um "fato traumático para a instituição". Durante o pronunciamento, disse que a veracidade do caso é mais dramática para quem é da família da vítima. " Por isso, eu externei a minha consternação, a minha solidariedade à família e fiz o pedido formal de desculpa à família. E é um evento que nós não queremos ver se repetir", pontuou. 

Oliveira fez o pedido de desculpas durante a apresentação do projeto do uso de câmeras corporais nos uniformes policiais da PRF, no qual foi demonstrado antes do pronunciamento. Os três policiais envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus estão presos e respondem por tortura e homicídio triplamente qualificado.

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Na última terça-feira (21), a Polícia Federal pediu ao Ministério Público Federal (MPF) a prorrogação do prazo para concluir inquérito sobre o caso

Metade da força policial, em torno de 6 mil agentes, podem utilizar câmeras corporais, segundo a previsão do Projeto Estratégico Bodycams.  Os testes práticos começam em novembro, sendo coordenados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Sobre o caso Genivaldo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão dos dois policiais rodoviários federais em abril deste ano. Eles são acusados pela morte da vítima por asfixiamento em uma viatura da corporação, em maio de 2022. Os ministros da Sexta Turma do tribunal decidiram manter a prisão preventiva por entenderem que os policiais agiram com força desproporcional e contrariamente às normas internas.

Entre as considerações dos magistrados, eles consideraram que a vítima tinha problemas mentais e não ofereceu resistência à abordagem. Em janeiro, a Justiça de Sergipe determinou que os agentes da PRF envolvidos no caso sejam submetidos a júri popular pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.

(*Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)

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