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Crianças são ‘alugadas’ para pedir esmolas nas rua de Fortaleza

Os responsáveis pela prática criminosa não possuem vínculos com as crianças. As vítimas ainda teriam uma “cota diária” de dinheiro para arrecadar na rua

Maiza Santos

Centenas de crianças são “alugadas” para mendigar nas ruas de Fortaleza, no Ceará. Um juiz chamado Manuel Clístenes, da 5ª Vara da Infância e da Juventude de Fortaleza do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), foi quem fez a afirmação e contou detalhes sobre a triste situação vivida na cidade. A autoridade ainda relatou que muitos dos responsáveis pelo crime não possuem vínculo familiar com as crianças.

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Dados coletados pela Prefeitura de Fortaleza, em 2021, mostram que pelo menos 1.107 crianças e adolescentes viviam pedindo esmolas nas ruas e centros comerciais. Com a pandemia da covid-19, a situação piorou. Além da informação sobre o “aluguel” das crianças, outra informação preocupante para o juiz é com relação à cota que essas crianças são obrigadas a arrecadar diariamente. Esse dinheiro pode variar conforme o estabelecimento em que pedem. No caso de shoppings, a "meta diária seria de R$ 100". 

O juiz Manuel Clístenes ainda informa que pode haver uma espécie de sistema profissional de exploração da mendicância. “Eles recolhem, camuflam em um local onde estão pedindo e voltam a pedir a mesma coisa. Como estão pedindo muito leite em pó e fraldas, provavelmente tem alguém por trás desse comércio", supõe o juiz.

As informações com relação ao sistema de mendicância estão sendo investigadas por vários orgãos, como Fundação da Criança (Funci), Conselho Tutelar, Ministério Público do Ceará, Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado e outras instituições públicas e privadas.

(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Ana Carolina Matos)

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